CM
Correio da Segurança
Comemora-se amanhã o 37º aniversário da Revolução de Abril. Por:César Nogueira, presidente eleito da Associação dos Profissionais da Guarda
Os princípios democráticos e humanistas que originaram o 25 de Abril de 1974 têm sido recorrentemente lembrados, sobretudo numa altura em que muitos dos direitos conquistados estão em risco de ruir perante desastrosas decisões governativas, que não têm tido em conta o melhor interesse dos portugueses.
A segurança púbica deve ser uma das primeiras referências de democraticidade nacional e, na sua concepção como direito alcançado com a Constituição de Abril, conceito próprio do Democrático, que veio substituir aqueloutro da polícia "braço repressivo do regime autoritário", corre sérios riscos de não conseguir sobreviver às inexplicáveis insuficiências que hoje vivem as polícias.
Estas insuficiências são sobretudo financeiras mas, também, de cultura democrática. Assim não fosse e jamais se aplicariam restrições orçamentais que, à partida, se sabe que irão afectar a operacionalidade das polícias e até criar dificuldades no normal pagamento de vencimentos, fazendo que, sob o inalienável direito à segurança e à liberdade das pessoas, prevaleçam os critérios economicistas que são, em primeiro lugar, os principais responsáveis pela situação em que o País se encontra.