Sou capaz de citar esta música... ou pelo menos, os dois versos cantados pela voz masculina. Poético, serve-me de desabafo.
Por mais que o tempo passe muito não se esquece nem se vai esquecer. Muito não se percebe e nunca se irá perceber. No amor há duas pessoas, ou é suposto haver, e o maior erro ou maior estupidez de uma, pode ser a morte dos dois... grito dentro de mim "porquê?" e aguardo por uma resposta que o meu coração nunca vai entender... Se se podesse voltar ao passado mas acho que nem isso iria mudar o quer que seja e agora também ficam os seus lamentos nestes rios da tristeza...
Os beijos sabem-me a (?)
Deve ser giro e mágico
A ter um mundo nos braços
Ela diz que sorrir é fácil
Com cores de palhaço
Ofereço flores de plástico
Dou balanço ao espaço
Quando na disputa é tudo rápido
E uma vez disse ao avô que eu iria ser alguém
Por isso quando for grande vou estar por essa nuvem
Chorar faz-te velha
Ruinhas de ferrugem
E depois do cinema hoje é a rainha que vem nua
E eu não quero mais nada com ela
Podes vê-la despida!
E dou pontapés nas pedras enquanto que eu volto para a vila
Construo a bicicleta das migalhas com que pistas
Porque a vida só a bela entre as pernas da rainha
Contamos (contamos) estrelas (estrelas)
Para dar-te (para dar-te) desejos
E não (e não)
Posso ficar (posso ficar)
Sozinha a baloiçar.
Mas ninguém é quem quer,
E eu... não consigo
Dizer-te... que te amo até ao dia...
Não sei, se aguento, beber o teu veneno
Palavras leva-as o vento
E ainda bem põe-me doente
Olhos de quem me conhece os cantos
Quando olhas para as estantes
Livros são pontes para os nossos corpos distantes...
Poemas tu sabes tantos!
Problemas tu sabes cantos!
Calças de sonhos falsos
Somente amenizantes.
Pantomima e tropelia
Fazer papel de campo-tino
Claro que tou sem coração se tu levaste o meu contigo!
Construo nesta floresta, um casulo para morar
E vendo neste verso uma relação para durar.
Não te assustes com a minha forma, peculiar de entender
Que a vida é um miosótis azul e o tempo uma orquídea a arder
Primeiro (primeiro) a chuva cai (a chuva cai)
Para superar-mos os segredos
E de dia (e de dia)
Vazia (vazia)
Estrelas (estrelas) para pendura-las
E pintamos o mundo
(?) e vermelho
Para te levar ao fim da rua...