Escrevo porque preciso de escrever. Escrevo porque ninguém me ouve. Escrevo e sei que ninguém vai ler isto...
Não sou nada. Ando por aí louco, louco por amor. Descubri o que é a vida, ou se ainda não sei o que é, por favor, já nada mais quero ver se é que vejo. Começo a enfraquecer, pouco a pouco, porque em tanto sofrimento, ganho forças pelo meio para me recompor literalmente... mas não basta. Acordei logo pela manhã, o "ignorar" fez com que uma chamada se desligasse enquanto que eu dava o "bom dia". Tentei desvalorizar o caso. Gritos são soltos, chegam por entre paredes de cada divisão da casa. Insuportável. Tentei desvalorizar o caso. Saio do carro e bato com a cabeça no teto. Doeu mas tentei desvalorizar a dor. Entro na sala e sou surprendido por algo que ficou por dizer. Tentei desvalorizar o caso. Insuportável, já não aguentava, precisava de alguem de confiança, verdadeiro, do meu ombro ou suposto ombro... mas não atende. Há quem ignore.
Doi-me a cabeça. Chorei e ninguém viu... ainda se riram. Sei que há dias e dias, mas se não tenho o direito de ser feliz, tirem-me a vida. Se não a encontrarem, ela anda perdida por aí...
Quem sou eu? Donde vim? O que faço aqui?
Choro, grito, cito a verdade, o que sinto e sei, sei que serei apedrejado como nos outros dias...