Ontem à noite desatei a chorar. Agora volto a chorar. Já nem tenho vergonha de o dizer, cheguei ao ponto de a perder. Ando perdido e apesar de eu aparentar ser forte, às vezes, há sempre um ou outro dia em que me volto a afundar e perco a respiração ansiando chegar à superfície... para voltar a respirar.
Acho que nunca cheguei à costa desde que ela saltou para outro barco. Facto é que sozinho seria impossível não me afundar. Os fantasmas do passado perseguem-me, a cada esquina, a cada lugar outrora especial, a cada música, a cada imagem. Às vezes, confesso sentir a falta do seu melhor, do seu amor! Quando algo ou alguém me pode magoar sem intenção, e basta que seja ligeiramente, perco-me num labirinto de tristeza e anseio o seu apoio, as suas palavras, o seu "eu compreendo-te, estou do teu lado". Mas hoje o seu coração já não se encontra aqui comigo.
Um dia, eu chorava por ter falta de amor, por desconhecer o amor. Hoje, choro por o amor me ter causado dor e de certa forma ainda me causar. Choro por me ter dado felicidade e me ter proporcionado os melhores momentos da minha vida... que já não os tenho tido. E choro... por voltar a desconhê-lo. No fundo, este misto é tão estranho, troca-me as voltas, fico tonto, canso-me e caio no chão redondo como uma bola. O amor... o amor pode ser o melhor dos céus, mas pode ser o pior dos infernos.
Tinha que desabafar aqui, este blog sempre foi o meu local de desabafo e escrita. O meu canto, e não é por as coisas mudarem, que o deixará de ser. A imagem e a música do vídeo, traz-me recordações. Eu não a queria esquecer, eu não a queria recordar... na verdade, eu não queria ficar a perder.