Monday, March 10, 2008

Entrevista a The Kid:

- Porquê The Kid?
Muitos dizem que The Kid foi um nome copiado ao do Samuel Mira (Sam The Kid), mas a verdade é que não foi. Aliás, antes de me chamar The Kid tinha outro nome que sinceramente, pronto, é melhor nem dizer (risos) mas nessa altura, em que decidi chamar-me The Kid, o Sam The Kid andava "desaparecido". Sempre gostei do Sam e gosto, para mim é dos melhores na Tuga, se não o melhor! The Kid porque eu considero-me e sou um autêntico puto, uma autêntica criança, só quem mesmo me conhece muito bem sabe que sou diferente, sabe como sou. Resumidamente, considero e quem me conhece mesmo muito bem, que The Kid enquadra-se plenamente na minha pessoa.

- O que é para ti o hip-hop?
Mais que um estilo de música, é um estilo/modo de vida, uma cultura. Para mim o hip hop é uma arte. Nunca vivi o hip hop, apenas limitava-me e limito-me a apreciá-lo, a ver a arte dos artistas que pertencem a esta cultura, apreciar a sua arte e sempre defendi o Hip Hop. Sei e admito que desconheço o que é ao certo o Hip Hop, apenas sei descrevê-lo o quanto sei. Para saberes o que de facto é o Hip Hop terias de perguntar a uma pessoa que realmente o vive. Mas ao menos, já ficaste com uma noção que considero completamente certa (risos).

- Quando começou o teu interesse pelo hip-hop?
Surgiu naturalmente. Tinha cerca de 12 anos quando começei, por brincadeira, a escrever uma letra. Aproximadamente um ano mais tarde começei a levar muito mais a sério esta arte. Entretanto passaram-se cinco anos e gravei a minha maqueta "A Entrada". Mas infelizmente aquela admiração que tinha em relação ao Hip Hop desapareceu toda ou quase toda e hoje em dia estou mais focado para o R&B.

- Preferes hip-hop português ou francês?
Sinceramente, prefiro o hip hop português. Acho que o hip hop francês já teve melhor.
Quanto ao hip hop tuga, esse está a evoluir. Pelo menos a nível quantitativo está em alta,
já são muitos a representar o Hip Hop português, mas quantidade não significa qualidade, apesar de haverem cada vez mais pessoas a seguirem esta área e apesar de haverem muitos que não vão ser nada, existem uns que podem ou vão brilhar.

- Já cantas-te juntamente com algum Mc?
Sim, já tive a oportunidade de cantar com outros artistas. Há uns meses coloquei o meu trabalho num site nacional de música, descobri muitos artistas e desde cedo muitos interessaram-se pelo meu trabalho e perguntaram-me se eu estava disposto a fazer músicas em conjunto (considero isto a tal "conversa hip hop"). Eu aceitei alguns convites, mas tive também de recusar outros devido ao meu projecto. Na altura em que muitos queriam que eu participasse eu estava precisamente a trabalhar na minha maqueta, ou seja, eu tinha pouco tempo para participações. Aceitei fazer músicas com Mc Ice Latino, Mc Kaus, RDS5 e foi o suficiente para aqueles 5 meses de trabalho. Para breve, devo fazer uma música com Peki, uma rapper aqui do Porto, com Dysoon, um artista residente na Suíça e finalmente com o Mc Produtivo. Estes três artistas já contam comigo! Em princípio deverei fazer mais músicas com outros artistas.

- Preferes fazer uma música a solo ou com algum artista?
É diferente. O facto de estares a fazer uma música com outro artista pode tornar-te num artista ainda melhor. Tipo, quando fazes uma música com outro artista tens de pensar também nele, porque tens de ver o seu estilo, qual os temas que ele aborda melhor, tens de saber se o que tu gostas ele também gosta, tens de ter em conta que não és só tu a fazer a música, ou seja, és tu e mais ele. Fazeres uma música com outro artista requer mais trabalho. Mas é bom, porque aprendes algo mais e ele também. Todos os artistas são diferentes e se tens a oportunidade de fazer uma música com outro artista, então deves tentar ao máximo aproveitá-la, pois são mais as possibilidades de fazeres algo a solo do que em conjunto. E se tens essa possibilidade é porque ele aprecia o teu trabalho, dá-te valor, e isso é bom. A solo és mais tu e só tu, podes não estar tão limitado do que se fizeres algo acompanhado.
Não posso dizer se prefiro fazer uma música a solo ou com outro artista, porque é diferente e ambos têm o seu valor.

- Rap ou R&B? Com qual destes estilos te identificas mais? Qual o teu preferido?
Identifico-me mais com o R&B. Nunca poderei esquecer o Rap, porque foi a partir de artistas como Xeg e sobretudo NBC que começei a explorar mais esse mundo. Mas na altura em que fazia rap, eu já começava a revelar um grande gosto pelo R&B, o Usher e o Gutto foram os primeiros artistas que me “convenceram” a dar os primeiros passos no R&B. O gosto pelo R&B acabou por surgir pouco mais tarde que o gosto pelo Rap. Entretanto, explorei tanto o Hip Hop que começei a desiludir-me. Hoje vejo que muitas pessoas que seguem a cultura Hip Hop, não mereçem um pingo de respeito. Contudo, eu admiro artistas como NBC, o Sam The Kid, entre outros, basicamente os que hoje estão a ganhar maior reconhecimento, os que de facto, não foram tão explorados e que hoje merecem o lugar onde estão (no topo).

- Fala-me dos teus projectos?
Uma parte do meu sonho foi conseguida… realizar a tempo e com organização, empenho e dedicação a maqueta "A Entrada". Depois de cinco anos passados, quase seis, consegui realizar a maqueta no tempo previsto, dia 2 de Janeiro de 2008, precisamente na altura em que fiz
18 anos de idade. Agora, vou voltar à carga. Tive parado, algum tempo sem gravar, mas venho aí com mais uma parte "The Kid New Project", ou seja, vou começar a definir o meu estilo, fazer algo o máximo possível em estilo R&B, vou aparecer aí com novas músicas, novas e boas participações,
trabalhar na formação do meu grupo, se possível faremos a re-editação da maqueta "A Entrada" em estúdio privado e talvez reservo mais novidades. A Entrada será o nome do meu primeiro cd,
acho que não restam dúvidas disso. Depois de tudo definido, procurar uma editora poderá ser uma opção ou fazer com que elas me encontrem poderá ser outra.

- Concertos? Algum para breve?
Quanto a concertos ainda não há nada em concreto. Eu tive desde Agosto até dia 2 de Janeiro a trabalhar para a maqueta. Entretanto, tenho aí novos objectivos a serem conseguidos e como tal não estou ainda preocupado a ver se hei-de dar concertos ou não. Contudo, eu estou disponível para marcações de concertos. Se houver concerto para breve será então na Escola E.B 2,3 de Gueifães que fica situada na Maia. Se tiver a possibilidade de dar aí o concerto, então este será para os alunos finalistas do 9ºano.

- Mensagem final...
Queria agradecer a todos os meus amigos, a todos os que me apoiam, a todos os que gostam das minhas músicas, aos fãs, a quem sempre acreditou em mim, a quem me ajudou, a quem me criticou tornando-me uma pessoa mais forte, a quem me defendeu. Se tudo continuar como tem corrido, se tudo correr bem como planeado, então A Entrada será lançada. O que faço não é só meu, é de todos, pois é de todos e de tudo o que me rodeia que surge a maior parte da inspiração. Para acabar… continuem a valorizar a música, a valorizar o trabalho dos artistas e obrigado a ti Francisca, por me teres dado a oportunidade de fazer esta entrevista!

Entrevista para: Francisca Ferreira


incompleta - falta a parte da introdução/biografia por parte da Francisca)

AUSÊNCIA… FASE COMPLICADA!


Muitos já me perguntaram “o que é que se passa contigo?”.
Tenho estado ausente, como podem ter reparado! Tenho a dizer que estes dias, estes últimos meses, não têm corrido lá muito bem! Depois dos cinco meses de gravações e semanas depois da maqueta, tenho estado em péssimo estado. Triste, problemas pessoais, cansaço, ausente do mundo, só… mas sempre acompanhado, são os motivos que justificam a minha “fase complicada”. Muitos dizem que não pareço o mesmo. Tento-me sempre animar, tentam-me sempre animar, conseguem, mas apenas por minutos. Rapidamente um silêncio invade-me e penso. Cito a palavra pensamento e saio fora de orbita.
Por que ela existe e não entende o que eu entendo. Esta última frase serve não só para uma miúda, mas serve logo para várias; sempre com um sentido diferente mas igual! Difícil de perceber? As últimas palavras não foram ditas à toa… foram bem pensadas e bem ditas de acordo com aquilo pelo qual estou a passar!
Ou é porque ela não sabe o que sente e simplesmente está a viver uma fantasia como tantas outras; ou é porque ela não me dá a devida atenção para aquilo que ela é para mim e eu sou para ela; ou é porque ela está tão obcecada pelo “amor” que já nem vê que está a destruir uma amizade; ou é porque ela acha que tem razão e quer toda a atenção do seu lado, pensando que o mundo gira à volta dela.
Tem piada mas é triste! Quatro problemas, quatro miúdas, quatro porquês que se podem aplicar a uma em especial.
Ela está tão perto mas tão distante. Todos os porquês justificam os meus problemas pessoais, parte da minha tristeza, parte do meu cansaço, parte da minha ausência e do meu “só”.
Resta-me dizer-vos que vou voltar a atacar brevemente com novas músicas, novas surpresas “Get Ready, The Kid New Music/Project, Coming Soon!” e para terminar, peço desculpa e agradeço a todos os que me ajudaram e se preocuparam comigo e ainda hoje me ajudam! Obrigado!