Sunday, February 28, 2010
Domingo com Rachmaninoff, Pegaso e...futebol
Hoje fiquei em casa toda a tarde. Está um tempo triste, cinzento, melancólico, em que só apetece o calor do lar, o chá quente, a lareira e a música.Trabalhei na preparação do workshop que começa amanhã. Sinto-me nervosa, não sei porquê:))
Pelas três, veio o meu neto, que me faz grande companhia. Comprei-lhe um cavalete no Lidl, mas não conseguimos montá-lo , apesar dos enormes esforços do rapazinho - só tem seis anos - para encaixar as peças. Esperemos que o Pai o ajude em casa. Estivémos a fazer um desenho a pastel, mas ele cansou-se rapidamente e preferiu jogar jogos didácticos ou ver um filme sobre Zeus e Pégaso. Um cavalo alado, tal qual o que eu precisava para me deslocar aqui no Porto, pois não tenho carro e às vezes abuso das boleias...
Daqui a umas horas vou ver o FCP a perder o campeonato ( lagarto, lagarto) Pode parecer estranho, mas tenho um amor muito grande a este clube que adoptei mal vim para a cidade. É um clube com "pinta" e mesmo quando não ganha, os jogadores têm uma mística e mantém-se unidos. Depois há os faits divers, que não me interessam de todo, pois é tudo manipulado por uns e por outros. O meu filho , então, continua fiel ao Boavista e ainda hoje foi assistir ao jogo no Bessa. Ganharam por 2-0, o que é uma alegria, desde que o clube foi sacrificado pelo malfadado apito dourado, que dessa cor nada tem.
Estive há pouco a ouvir a concerto nº 3 de Rachmaninoff - geralmente conhecido por Rach 3 e encontrei este andamento do mesmo no Youtube com o magistral Sokolov ( ainda novo) a tocar em Viena, creio eu. Deixo-o aqui para quem quiser "perder 10 minutos" e perder-se neste final de dia tristonho.
Saturday, February 27, 2010
Friday, February 26, 2010
Aulas de Dança e Aproveitar a vida em geral....
Já devo ter referido que uma das minhas maiores vontades era ter aulas de dança mas sempre deixei que a minha gordura fosse limitativa de tudo o que pudesse expôr-me perante os olhares dos outros.
Este ano, por ser para mim o ano em que quero mudar a minha vida completamente, quero que isso também mude. De momento continuo a recusar a ideia das aulas de dança, embora com uma imensa vontade de experimentar, acabo sempre por recuar pensando "não estás à altura AINDA!".
Disse ao Príncipe que iríamos juntos até ao fim deste ano, de certeza. Já me sinto estúpida! Disse-lhe que gostava de andar a cavalo, ele quis-me comprar aulas no meu aniversário do ano passado e eu recusei-me a ir porque voltei a deixar-me vencer pelos meus medos. Ando sempre a falar das pulseiras da Pandora, ele quis oferecer-me uma no Natal e eu disse-lhe que queria esperar. Bem, conseguiu convencer-me a andar de bicicleta na rua, que já foi um passo gigante para mim. QUERO DEIXAR DE SER MEDRICAS E DE PERDER TODAS AS COISAS BOAS DA VIDA, QUE PORRA!
Recebi um email de uma escola de dança em Lisboa, cuja imagem partilho com vocês, pode ser que não sejam tão tolas como eu e resolvam aproveitar:
Porque, sim, só serei totalmente eu quando aprender a dançar salsa e tango, quando tiver orgulho em mim para frequentar aulas de striptease!
Rídiculo isto de nos compararmos constantemente com toda a gente e acharmos que somos muito inferiores e incapazes. Mostrou ontem a Ximiusa uma gaja na novela que dizia que os gordos são deficientes e, olha, estas situações fazem-me mesmo sentir deficiente!
Como é que posso convencer-me que o aspecto não é relevante e que a personalidade é que interessa se até a Kimora diz:
Aproveitem a vida :) bom fim-de-semana, queridas!
Este ano, por ser para mim o ano em que quero mudar a minha vida completamente, quero que isso também mude. De momento continuo a recusar a ideia das aulas de dança, embora com uma imensa vontade de experimentar, acabo sempre por recuar pensando "não estás à altura AINDA!".
Disse ao Príncipe que iríamos juntos até ao fim deste ano, de certeza. Já me sinto estúpida! Disse-lhe que gostava de andar a cavalo, ele quis-me comprar aulas no meu aniversário do ano passado e eu recusei-me a ir porque voltei a deixar-me vencer pelos meus medos. Ando sempre a falar das pulseiras da Pandora, ele quis oferecer-me uma no Natal e eu disse-lhe que queria esperar. Bem, conseguiu convencer-me a andar de bicicleta na rua, que já foi um passo gigante para mim. QUERO DEIXAR DE SER MEDRICAS E DE PERDER TODAS AS COISAS BOAS DA VIDA, QUE PORRA!
Recebi um email de uma escola de dança em Lisboa, cuja imagem partilho com vocês, pode ser que não sejam tão tolas como eu e resolvam aproveitar:
Porque, sim, só serei totalmente eu quando aprender a dançar salsa e tango, quando tiver orgulho em mim para frequentar aulas de striptease!
Rídiculo isto de nos compararmos constantemente com toda a gente e acharmos que somos muito inferiores e incapazes. Mostrou ontem a Ximiusa uma gaja na novela que dizia que os gordos são deficientes e, olha, estas situações fazem-me mesmo sentir deficiente!
Como é que posso convencer-me que o aspecto não é relevante e que a personalidade é que interessa se até a Kimora diz:
Aproveitem a vida :) bom fim-de-semana, queridas!
Thursday, February 25, 2010
Portugal alagado
Fiz hoje a viagem habitual no Pendular - Gaia-Oriente - e tirei fotografias de novo, nas mesmas zonas onde já as tinha tirado há três semanas. O país está cada vez mais alagado - só restam as estradas, rente à água e a linha férrea, que esperemos, não seja inundada. Há quem diga que as cheias são boas para fertilizar as terras, mas hoje pareceram-me mais os arrozais da China e nalguns pontos, a Irlanda verdejante.
Passeei durante uma hora no Shopping Vasco da Gama, onde tirei outras fotos. Adoro fotos de shoppings, tenho várias.
É uma animação fantástica e eu , que não gosto muito de comprar nessas lojas, entretenho-me a observar as pessoas. Era hora de almoço, mas mesmo assim pasmo com a quantidade de pessoas que podem ir a estes locais e estar ali, aparentemente durante horas, como se nada as preocupasse. Ainda bem que assim é, mas não me falem de crise!!
Vão aqui fotos do antes ...as cheias...e do depois, as compras dos lisboetas! E in between o magnífico tecto em ferro onde parece ver-se a chuva a cair e a escorregar lentamente pelo vidro. Muito interessante, porque não chovia!!
Como sempre aconselho os leitores a clicar nas fotos, pois os pormenores são engraçados, sobretudo nas do shopping.
Cinzento
Pois, cinzento do céu, cinzento em mim...
Sempre que atinjo um determinado patamar (90, 85, 80,...) acabo por relaxar um pouco o rigor que devo ter. Na verdade, o esforço é tanto que muitas vezes apetece descansar um pouco, não pensar exaustivamente "podes apenas comer isto, não podes comer mais nada".
Ainda não percebi porque é que tive o azar de ter compulsões alimentares e isso fazer de mim alguém cuja recuperação e manutenção terão que ser para sempre... Quem olha de fora acha que é apenas uma dieta mas eu sei que é muito mais do que isso. Estou a fazer uma cura de dentro para fora, estou a mover pedras do meu caminho com as minhas próprias mãos e, até chegar a um ponto em que me sinta "reabilitada" estou sempre atenta, concentrada, como se me estivesse a vigiar a mim mesma. Será que alguém imagina como isso é cansativo???
Tenho pensado muito em tudo o que fiz no passado, muitos comportamentos compulsivos que ainda me trazem muita mágoa. Tento entender porque é que comia de forma tão descontrolada, porque é que fiz tanto mal a mim mesma. Tanta gente acha absurdo que se procure conforto em algo básico como a comida, mas é de todos os vícios o mais forte porque o prazer que vem da satisfação de uma necessidade básica é muito superior a qualquer outro. Entendo melhor agora o meu comportamento, tinha tantas frustrações e chatices que só quando comia é que conseguia ter um pouco de paz, de satisfação, era o meu momento de controlo. E, claro, quer-se mais. Eu tinha um hábito que consistia em vir para casa rapidamente para me esconder do mundo e antes passava pelo supermercado e, na maioria das vezes comprava exactamente as mesmas coisas: 8 empadas, 4 bolos e um grande milka de caramelo. Percebo agora o porquê, percebo o meu mecanismo inconsciente: gosto muito de empadas e ao comer a primeira a satisfação era imensa; por isso procurava a mesma sensação, ou aumentá-la, comendo mais empadas mas, chegava ao ponto em que já não sentia o sabor e a sensação de prazer anulava-se; passava por isso aos bolos, recomeçando a sentir o conforto, a segurança de ter dentro de mim algo que me fazia sentir bem; novamente, à medida que me sentia cheia, sabia que queria comer algo diferente, mas que me trouxesse ainda a sensação de paz momentânea e dirigia-me ao chocolate. Trata-se de buscar a sensação de conforto e prazer, até não se aguentar mais porque o estômago está tão cheio que julgamos que vamos desmaiar. Para depois termos vergonha, muita vergonha de nós mesmas e afastamo-nos de tudo o resto: nunca compensou mas custa muito a parar.
Tento entender-me, só quando nos entendemos e percebemos o porquê é que nos podemos afastar das situações. A linha que separa a satisfação de comer da minha compulsão, só agora começa a ficar visível e eu não quero que seja apenas uma linha: quero que seja um muro.
Wednesday, February 24, 2010
Subscribe to:
Posts (Atom)