Já há alguns meses que me tornei numa fraude, sim, uma grande fraude e eu nem sequer tinha percebido!
Comecei esta RA como quem faz uma revolução, agarrei tudo com unhas e dentes ao início e os primeiros 15 kg foram-se embora com alguma facilidade. Quando cheguei aos 85 senti-me muito bem porque pensei que nunca mais teria menos de 90 kg. Quando cheguei aos 80 achei que era uma marco vitorioso, há anos que não pesava tão pouco e o tempo foi passando. Esse peso tornou-se no meu peso fixo e eu procurei motivação no exterior: o Príncipe disse que aos 75 me levava a andar de barco como eu tanto queria, eu própria coloquei presentes a cada quilo perdido, até a querida Papillon entrou comigo numa de nos presentearmos por metas, fiz a coisa de pesar 75 no meu aniversário, fiz a meta de 20 dias de exercício intenso e...nada adiantou, furei tudo e mais alguma coisa, queixando-me mas sabotando-me, desmotivando-me...
Este fim-de-semana tive o meu momento de epifania! Tudo começou com o Desafio Zen e com a dicas da Luna sobre visualização de objectivos, de indução da mente. Estava a ver a Queen Latifah o programa do Jay Leno e pensei "não faz mal nenhum se não emagrecer mais" e mal pensei isto, bateu-me com força: eu não tenho realmente desejado emagrecer! Fiquei com isto a martelar-me na cabeça, meio desesperada. O Príncipe levou-me à praia e fomos andar à beira-mar e levei um sermão daqueles que nos abanam e nos fazem voltar à realidade: eu não posso continuar a achar que não mereço mais, não posso estar diariamente a pensar que tudo o que me acontece de bom desaparece, não posso estar sempre a pensar em comida e deixar-me afectar tanto por ela, não posso estar constantemente a vacilar e depois a ficar triste por erros que repito vezes sem conta!
Portanto, ou fico como estou e páro de me queixar, ou arregaço as mangas como uma vencedora e vou à luta! Escolhi a última! Puxei pelo "Segredo" que há tanto tempo ganhava pó na estante e pus-me a lê-lo. Porquê? Porque percebi que o meu optimismo é apenas para os outros, sou tão motivadora para toda a gente e para mim mesmo sou derrotista, sou pessimista, trato-me mal, condeno-me ao falhanço. E vou mudar isso, vou, custe o custar. Sou uma pessoa incrivelmente céptica e não acredito em milagres mas acredito em filosofias de vida, acredito que podemos induzir-nos para o caminho certo, acredito que somos energia e como tal temos poder.
Começa hoje a minha tarefa de destruir a minha cabeça de gorda, a minha cabeça de pessimista derrotada. Vou afastar qualquer pensamento negativo da minha cabeça, vou deixar de estar a pensar em 80 e pensar apenas em 70, vou olhar para mim com um sorriso, vou lembrar-me que consigo e quero.
Portanto, ando a ler, este:
E este:
"O Deus das Pequenas Coisas é a história de três gerações de uma família da região de Kerala, no sul da Índia, que se dispersa por todo o mundo e se reencontra na sua terra natal. Uma história feita de muitas histórias. A histórias dos gémeos Estha e Rahel, nascidos em 1962, por entre notícias de uma guerra perdida. A de sua mãe Ammu, que ama de noite o homem que os filhos amam de dia, e de Velutha, o intocável deus das pequenas coisas. A da avó Mammachi, a matriarca cujo corpo guarda cicatrizes da violência de Pappachi. A do tio Chacko, que anseia pela visita da ex-mulher inglesa, Margaret, e da filha de ambos, Sophie Mol. A da sua tia-avó mais nova, Baby Kochamma, resignada a adiar para a eternidade o seu amor terreno pelo Padre Mulligan... Estas são as pequenas histórias de uma família que vive numa época conturbada e de um país cuja essência parece eterna. Onde só as pequenas coisas são ditas e as grandes coisas permanecem por dizer. O Deus das Pequenos Coisas é uma apaixonante saga familiar que, pelos seus rasgos de realismo mágico, levou a crítica a comparar Arundhati Roy com Salmon Rushdie e García Márquez."
Antes, li:
Sou uma viciadona no Dan Brown e este é assim: "Depois de ter sobrevivido a uma explosão no Vaticano e a uma caçada humana em Paris, Robert Langdon está de volta com seus profundos conhecimentos de simbologia e sua brilhante habilidade para solucionar problemas. O célebre professor de Harvard é convidado às pressas por seu amigo e mentor Peter Solomon - eminente maçom e filantropo - a dar uma palestra no Capitólio dos Estados Unidos. Ao chegar lá, descobre que caiu numa armadilha. Não há palestra nenhuma, Solomon está desaparecido e, ao que tudo indica, correndo grande perigo. Mal'akh, o sequestrador, acredita que os fundadores de Washington, a maioria deles mestres maçons, esconderam na cidade um tesouro capaz de dar poderes sobre-humanos a quem o encontrasse. E está convencido de que Langdon é a única pessoa que pode localizá-lo. Vendo que essa é sua única chance de salvar Solomon, o simbologista lança-se numa corrida alucinada pelos principais pontos da capital americana: o Capitólio, a Biblioteca do Congresso, a Catedral Nacional e o Centro de Apoio dos Museus Smithsonian."