Entrou-nos pela casa pela primeira vez há cinco anos, como protagonista da segunda série dos Morangos com Açúcar. Pedro vestia a pele de Simão, um piloto que se apaixonava por Ana Luísa, a personagem interpretada por Cláudia Vieira. Essa paixão acabou por transpor enredos e ficções. Até hoje. E Pedro passou a ser conhecido mais como namorado de Cláudia com quem espera um filho para Maio do próximo ano.
Em pequeno, Pedro para os amigos (aqueles que fez na infância, passada na Amora, na Margem Sul do Tejo, e que mantém até hoje), queria ser jogador de futebol. Como não queria depender dos pais para ter dinheiro para sair com os amigos e pagar o curso de realização (que entretanto, interrompeu), foi vendedor, trabalhou em distribuição e em seguros. Vários empregos lhe valeram fama de inconstante, da qual só se livrou quando percebeu realmente o que queria fazer profissionalmente: ser actor. Mas vamos deixar que seja o Pedro a ler-nos algumas páginas do tal livro...
Em pequeno, Pedro para os amigos (aqueles que fez na infância, passada na Amora, na Margem Sul do Tejo, e que mantém até hoje), queria ser jogador de futebol. Como não queria depender dos pais para ter dinheiro para sair com os amigos e pagar o curso de realização (que entretanto, interrompeu), foi vendedor, trabalhou em distribuição e em seguros. Vários empregos lhe valeram fama de inconstante, da qual só se livrou quando percebeu realmente o que queria fazer profissionalmente: ser actor. Mas vamos deixar que seja o Pedro a ler-nos algumas páginas do tal livro...
Caras: O que é que está por detrás do rótulo "namorado de Cláudia Vieira"? Aliás, primeiro que tudo, incomoda-o que o tratem assim?
Pedro: As primeiras vezes que apareceu o "namorado de ..." foi estranho, mas já não me faz confusão nenhuma.
Então conte-nos um bocadinho da história do namorado dela...
Bem, nasci em Lisboa, cresci na Amora, onde fiz os meus melhores amigos. Era um aluno mediano, era um bocadinho reguila. Jogava hóquei e futebol...
E chegou a querer ser futebolista....
Fui federado no Amora Futebol Clube e hoje jogo no Paio Pires. Cheguei a sonhar jogar num grande clube, mas sempre tive noção das minhas limitações. Mas sonhava um dia entrar num estádio cheio, marcar um golo e festejar com aquela gente toda!
Passa a bola facilmente?
Sou bom a trabalhar em equipa, sou pouco individualista.
E sabe perder?
Nao gosto de perder nem a feijões. [risos] Por isso, quando perco, trabalho muito a seguir para voltar a competir e a ganhar. Gosto de trabalhar para que as coisas corram bem.
Em que é que isso se aplica na sua vida de actor?
Tenho sempre como objectivo aprender e, quando estou a gravar com actores mais velhos e conceituados, observo-os, para tentar corrigir alguns dos meus erros e sair vitorioso do projecto em que me envolvo.
Imaginava um dia vir a ser actor e aparecer nas revistas?
Nunca. Aliás, comecei a trabalhar muito cedo, com 15 ou 16 anos, e não aguentava muito tempo no mesmo sítio. De seis em seis meses mudava de emprego. Fiz de tudo um pouco. Fui vendedor, distribuidor, trabalhei em seguros...
Com o objectivo de estar ocupado ou de ter dinheiro?
Queria tornar-me independente, ter dinheiro para mim.
Agora recebe com actor os aplausos que não recebeu num estádio...
Ser actor foi um acaso. Depois de experimentar várias profissões, decidi tirar o curso de realização. E ainda estava a estudar quando um amigo meu soube que o realizador Fernando Fragata precisava de um assistente de realização para o filme Sorte Nula.
Uma ironia, esse título, já que foi aí que acabou por se estrear como actor.
Sim. Fiquei encarregue de gravar os castings dos candidatos. Eram cerca de 600. O Fragata viu todos os testes e no final pediu-me para também para fazer o teste. Eu tinha a vantagem de ter visto tudo, de saber o que ele mais gostava, e imitei. Fiquei com o papel.
A partir daí, apaixonou-se pela representação?
Sim. Enviei fotos para algumas agências e, na L'Agence, deram-me a mão. Enviaram fotos para a NBP e fui fazer o casting para os Morangos. Só que assim que ouvi a palavra "acção", comecei a rir de nervos e não consegui fazer nada. Tive de prestar provas noutro dia. Ganhei o papel, mas percebi que eles tinham idealizado uma pessoa com o meu perfil. Porque eu talento não tinha.
Ficou deslumbrado?
Nos primeiros tempos, achei óptimo passar na rua e toda a gente me conhecer. Tinha 24 anos e era maravilhoso. Toda gente me falava.
Lembra-se da primeira vez em que foi capa de revista?
Sim, mas mais estranho foi um dia em que estava em Lisboa, à espera da carrinha da NBP, e vi passar um autocarro com a publicidade dos Morangos. Tinha a minha cara e da Cláudia e, para ser sincero, naquela altura a sensação foi óptima. Ver o Pedro da Amora passear por toda a Lisboa parecia mentira! Depois fui-me habituando e agora não dou grande importância.
Como é que os seus pais olharam para essa sua passagem para a outra margem?
A minha mãe ficou fascinada, porque adora televisão, filmes e novelas. O meu pai ficou mais reticente. Eu já tinha mudado tantas vezes de emprego que ele não acreditou muito na ideia. Só quando me viu na televisão é que percebeu que era a sério. Ficou muito satisfeito, e hoje orgulha-se do meu trajecto.
Foi nessa altura que conheceu a Cláudia. Ao longo destes cinco anos, o que é que tem mudado na vossa relação?
A única coisa que vai mudando é o conhecimento que temos um do outro. E o que tenho descoberto da Cláudia é maravilhoso, cada vez sou mais feliz ao lado dela.
Vive ao lado de uma mulher que já esteve entre as dez mais bonitas do mundo, numa eleição de um site internacional. Deixa-o vaidoso ou nervoso?
Vaidoso. É bom, acima de tudo, para ela. E o que for bom para ela, é bom para mim.
Já disseram que sentem a vossa relação é para a vida. Um filho vem dar ainda mais consistencia a isso?
Ter um filho era uma coisa que queríamos muito, era um objectivo de vida que está a ganhar forma.
Já está na fase de preparação para a mudança radical que a sua vida vai sofrer?
Um bebé é uma pessoa muito especial e sei que me vai dar muito gozo tê-lo nos braços. Vou mudar a minha vida, mas com muito prazer.
Dizia que gostaria de ir estudar para fora. Esse é um projecto que vai ficar na gaveta, ou um filho não é impedimento para isso?
Já adiei esse projecto. Mas um filho não é um impedimento, apenas vou ter mais dificuldade em organizar-me, no entanto, hei-de conseguir. Na vida consegue-se tudo o que se quer. E se pudesse ir com a Cláudia e o bebé, seria óptimo.
Está ansioso para saber o sexo do bebé?
Estou curioso, mas não ansioso. Agora estou a viver este momento, depois, quando souber o sexo, terei outro momento para saborear e, depois vou esperar pelo dia que ele nasça para lhe dar muitos mimos.
E sente-se com coragem para assistir ao parto?
É um momento importante em que eu quero estar presente para dar força à Cláudia. Quero ver o bebé nascer e ficar com esse momento gravado na minha vida.
Que valores vai tentar passar ao seu filho?
Não sei como é que vou ser como pai. Mudar fraldas aprende-se. Já no que toca á educação, vai ser mais dificil. Os meus pais ensinaram-me a ser humilde, a ser grato e isso quero passar ao meu filho.
E imagina a Cláudia como mãe?
A Cláudia vai ser uma óptima mãe. Ela é uma pessoa maravilhosa e tem um jeito especial para crianças. A Cláudia tem muito amor para dar e o nosso bebé vai sentir isso.
Curtas:
Apesar da fama conquistada com Morangos com Açúcar, Pedro Teixeira continua a ser tão genuíno como o seu sorriso evidencia.
Tempo de Viver, Flor do Mar e A Outra foram outros grandes projectos bos quais teve papel de destaque. Pedro tem vindo a revelar-se como actor, mas não esconde que a realização é a sua meta.
Obrigada à revista Caras por esta fantástica entrevista ao Pedro
Pedro: As primeiras vezes que apareceu o "namorado de ..." foi estranho, mas já não me faz confusão nenhuma.
Então conte-nos um bocadinho da história do namorado dela...
Bem, nasci em Lisboa, cresci na Amora, onde fiz os meus melhores amigos. Era um aluno mediano, era um bocadinho reguila. Jogava hóquei e futebol...
E chegou a querer ser futebolista....
Fui federado no Amora Futebol Clube e hoje jogo no Paio Pires. Cheguei a sonhar jogar num grande clube, mas sempre tive noção das minhas limitações. Mas sonhava um dia entrar num estádio cheio, marcar um golo e festejar com aquela gente toda!
Passa a bola facilmente?
Sou bom a trabalhar em equipa, sou pouco individualista.
E sabe perder?
Nao gosto de perder nem a feijões. [risos] Por isso, quando perco, trabalho muito a seguir para voltar a competir e a ganhar. Gosto de trabalhar para que as coisas corram bem.
Em que é que isso se aplica na sua vida de actor?
Tenho sempre como objectivo aprender e, quando estou a gravar com actores mais velhos e conceituados, observo-os, para tentar corrigir alguns dos meus erros e sair vitorioso do projecto em que me envolvo.
Imaginava um dia vir a ser actor e aparecer nas revistas?
Nunca. Aliás, comecei a trabalhar muito cedo, com 15 ou 16 anos, e não aguentava muito tempo no mesmo sítio. De seis em seis meses mudava de emprego. Fiz de tudo um pouco. Fui vendedor, distribuidor, trabalhei em seguros...
Com o objectivo de estar ocupado ou de ter dinheiro?
Queria tornar-me independente, ter dinheiro para mim.
Agora recebe com actor os aplausos que não recebeu num estádio...
Ser actor foi um acaso. Depois de experimentar várias profissões, decidi tirar o curso de realização. E ainda estava a estudar quando um amigo meu soube que o realizador Fernando Fragata precisava de um assistente de realização para o filme Sorte Nula.
Uma ironia, esse título, já que foi aí que acabou por se estrear como actor.
Sim. Fiquei encarregue de gravar os castings dos candidatos. Eram cerca de 600. O Fragata viu todos os testes e no final pediu-me para também para fazer o teste. Eu tinha a vantagem de ter visto tudo, de saber o que ele mais gostava, e imitei. Fiquei com o papel.
A partir daí, apaixonou-se pela representação?
Sim. Enviei fotos para algumas agências e, na L'Agence, deram-me a mão. Enviaram fotos para a NBP e fui fazer o casting para os Morangos. Só que assim que ouvi a palavra "acção", comecei a rir de nervos e não consegui fazer nada. Tive de prestar provas noutro dia. Ganhei o papel, mas percebi que eles tinham idealizado uma pessoa com o meu perfil. Porque eu talento não tinha.
Ficou deslumbrado?
Nos primeiros tempos, achei óptimo passar na rua e toda a gente me conhecer. Tinha 24 anos e era maravilhoso. Toda gente me falava.
Lembra-se da primeira vez em que foi capa de revista?
Sim, mas mais estranho foi um dia em que estava em Lisboa, à espera da carrinha da NBP, e vi passar um autocarro com a publicidade dos Morangos. Tinha a minha cara e da Cláudia e, para ser sincero, naquela altura a sensação foi óptima. Ver o Pedro da Amora passear por toda a Lisboa parecia mentira! Depois fui-me habituando e agora não dou grande importância.
Como é que os seus pais olharam para essa sua passagem para a outra margem?
A minha mãe ficou fascinada, porque adora televisão, filmes e novelas. O meu pai ficou mais reticente. Eu já tinha mudado tantas vezes de emprego que ele não acreditou muito na ideia. Só quando me viu na televisão é que percebeu que era a sério. Ficou muito satisfeito, e hoje orgulha-se do meu trajecto.
Foi nessa altura que conheceu a Cláudia. Ao longo destes cinco anos, o que é que tem mudado na vossa relação?
A única coisa que vai mudando é o conhecimento que temos um do outro. E o que tenho descoberto da Cláudia é maravilhoso, cada vez sou mais feliz ao lado dela.
Vive ao lado de uma mulher que já esteve entre as dez mais bonitas do mundo, numa eleição de um site internacional. Deixa-o vaidoso ou nervoso?
Vaidoso. É bom, acima de tudo, para ela. E o que for bom para ela, é bom para mim.
Já disseram que sentem a vossa relação é para a vida. Um filho vem dar ainda mais consistencia a isso?
Ter um filho era uma coisa que queríamos muito, era um objectivo de vida que está a ganhar forma.
Já está na fase de preparação para a mudança radical que a sua vida vai sofrer?
Um bebé é uma pessoa muito especial e sei que me vai dar muito gozo tê-lo nos braços. Vou mudar a minha vida, mas com muito prazer.
Dizia que gostaria de ir estudar para fora. Esse é um projecto que vai ficar na gaveta, ou um filho não é impedimento para isso?
Já adiei esse projecto. Mas um filho não é um impedimento, apenas vou ter mais dificuldade em organizar-me, no entanto, hei-de conseguir. Na vida consegue-se tudo o que se quer. E se pudesse ir com a Cláudia e o bebé, seria óptimo.
Está ansioso para saber o sexo do bebé?
Estou curioso, mas não ansioso. Agora estou a viver este momento, depois, quando souber o sexo, terei outro momento para saborear e, depois vou esperar pelo dia que ele nasça para lhe dar muitos mimos.
E sente-se com coragem para assistir ao parto?
É um momento importante em que eu quero estar presente para dar força à Cláudia. Quero ver o bebé nascer e ficar com esse momento gravado na minha vida.
Que valores vai tentar passar ao seu filho?
Não sei como é que vou ser como pai. Mudar fraldas aprende-se. Já no que toca á educação, vai ser mais dificil. Os meus pais ensinaram-me a ser humilde, a ser grato e isso quero passar ao meu filho.
E imagina a Cláudia como mãe?
A Cláudia vai ser uma óptima mãe. Ela é uma pessoa maravilhosa e tem um jeito especial para crianças. A Cláudia tem muito amor para dar e o nosso bebé vai sentir isso.
Curtas:
Apesar da fama conquistada com Morangos com Açúcar, Pedro Teixeira continua a ser tão genuíno como o seu sorriso evidencia.
Tempo de Viver, Flor do Mar e A Outra foram outros grandes projectos bos quais teve papel de destaque. Pedro tem vindo a revelar-se como actor, mas não esconde que a realização é a sua meta.
Obrigada à revista Caras por esta fantástica entrevista ao Pedro