Foram bons estes dias com ela. Até mesmo a Páscoa. Infelizmente para mim, acabaram-se as férias. Acabaram-se porque eu considero ter férias quando estou tranquilo (de alma), quando estou bem! E só estou bem quando a tenho por perto. Ela vai partir. Dramatizo não sei porquê, se sei que ela vai voltar já neste Domingo. Parece que vai partir e só vai voltar daqui a muitos anos. Começa a apertar-me o coração e sinto calafrios. A saudade é - e desculpem-me o termo - lixada. Agora é que eu queria estar em França, em Paris, onde nasci! Agora sim, agora porque ela vai para lá. Outrora não quis, pois todas as amizades que aqui ganhei, todo este habituar, mas sobretudo... este amor, eu não poderia nem posso deixar.
Sei que ela se vai divertir. Assim o espero, e por isso fico feliz. O brilho dos seus olhos, o seu sonho de conhecer Paris vai-se concretizar. Por um lado, fico triste. Aqui fico eu. Lembro-me da minha cidade, da capital onde vivi os meus primeiros anos, e a saudade aperta. Aperta mais, ao saber que essa cidade vai raptar a minha vida, ainda que por uns dias.
Não tenho nada para fazer. Espero por ela, ansioso e triste. Espero por ela e espero ficar com ela para sempre.
O amor, a saudade, ambos fazem-nos chorar...
Devolve-me! Paris, não te esqueças de mim. Amor, volta! Não te esqueças de mim. Lembra-te de mim...