Mãe, porque me tratas assim, quando o que quero é um abraço!
Mãe, porque me tratas assim, quando o que quero é um beijo!
Mãe, porque estás tão longe, quando estás tão perto! Não entendo!
Minha mãe, só queria te ter! Só queria ouvir as histórias como sentir o teu afago antes de adormecer. Só queria que cuidasses de mim. Que tratasses de mim... só isso, nada mais...
Sinto revolta, ânsia de ter a minha mãe. Ao mesmo tempo estou-me habituar a não te ter.
Sinto tristeza quando vejo os outros meninos (as) com seus pais, com tudo inerente a uma família feliz e eu me pergunto: porquê que eu não tenho? Que fiz eu?! Não encontro as respostas para já...
... Tenho tanto medo de quando as encontrar não te perdoar...
Tenho medo de crescer uma pessoa má, feia por dentro. Tenho medo de não saber amar ninguém, porque simplesmente não sou amada...
Mãe, é muito pedir o teu amor, a tua atenção? Só quero ser feliz!!
"É isto que eu presencio todos os dias nos olhos tristes dessa criança... um silêncio gritante de socorro...
Revolta-me este estado de impotência perante os factos. Revolta-me a passividade, a ignorância, a displicência de tudo à sua volta. Revolta-me ver o final da história e saber de antemão que podia ter sido evitado...
Revolta-me!!"