
Janela da sala de estar
Foi há umas horas, com uma afluência grande de pessoas interessadas em gozar do belo jardim e de ouvir agumas explicações de quem percebe do assunto e nos conta coisa interessantes: as relações de Sophia e do seu primo Ruben que ali viveram ou conviveram durante a infância e juventude, os cantos e recantos do jardim, os segredos que ele esconde, a diferença entre um cacto com picos e um mais amistoso, a existência das estufas, infelizmente muito votadas ao abandono, o canto dos cactus, tão cheio de flores todas elas belíssimas e carnudas...e depois algo que Monet não dispensaria: os lagos de nenúfares, que a meio da tarde parecem de prata com o sol a bater.
É tudo belo. A par disso, recitam-se vários poemas de Sophia, na Casa e junto à fonte do Rapaz de Bronze.

Conheço este jardim como a palma da minha mão, devo lá ter ido mais de vinte vezes desde que aqui vivo, é o meu refúgio em dias de tristeza, observo as plantas, passeio pelas áleas, sonho um pouco, oiço música para não ouvir o barulho da VCI e sinto que estou no meu habitat.
