Sempre tive uma tendência para gostar de rapazes que me faziam mal. Não sei se teria haver com falta de auto-estima minha ou se seria um simples azar. Sei que quando encontrei o Príncipe soube que era ele o amor da minha vida. Não, ninguém garante que é para sempre nem quanto tempo vai durar, mas ele é o amor da minha vida e sei que não terei outro assim. Encontrar um amor como eu achei que nunca teria, encheu-me de força e não hesitei em deixar o namorado que tinha na altura e mudei-me para a carreira profissional que sempre quis. Hoje em dia eu, que nunca gostei de estar sozinha mas que sempre preservei o meu individualismo, ando de anel no dedo, ando a contar os dias para as férias do Natal, ando a querer que o novo ano comece porque há uma possível proposta de trabalho para ele em Lisboa. Eu, aquela que queria viver sem raízes, quero (mais que tudo) que ele venha morar comigo e, surpreendentemente, quero embarcar na nossa tentativa de "para sempre". Tenho medo. Medo que um compromisso deste tamanho venha a sufocar-nos e estrague tudo. Mas já não vivo de medos, não quando esses medos são tão pequenos a comparar com a alegria que sinto todas as manhãs que acordo com ele, com a maneira como me sinto viva nos braços dele.