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Friday, April 22, 2011

Agricultura - "Alemães dão Óscar do Vinho a enóloga portuguesa!"

«Alemães dão Óscar do Vinho a enóloga portuguesa

A enóloga Filipa Pato, venceu o Óscar do Vinho pela melhor produtora do ano, uma distinção atribuída pela prestigiada publicação gourmet alemã Feinschmecker, tornando-se na primeira e mais nova mulher portuguesa a receber esta distinção.
Produtora de vinhos da região das Beiras, Filipa Pato, com 36 anos e dez anos de experiência na área, foi a melhor das seis enólogas nomeadas para o título, por ser a que «mais impressionou pela excelência e pelo carácter inovador dos seus vinhos», refere uma nota divulgada pela revista alemã.


«Este ano, pela primeira vez, fomos nomeadas seis mulheres e havia uma candidata muito forte que faz um vinho de grande referência em Itália e por isso nunca pensei que fosse ganhar. É um reconhecimento muito importante para o nosso projeto na Bairrada mas também para Portugal», disse Filipa Pato em entrevista à agência Lusa.


A sua jovialidade não a intimida, bem como o facto de ser mulher, já que as nomeações para os Óscares do Vinho deste ano mostram bem que as mulheres estão a dominar cada vez mais as adegas.


«Isso mostra a abertura do sector do vinho para as mulheres e não é por acaso que este é um dos setores mais evoluídos de Portugal. Todo este equilíbrio entre homem e mulher é fundamental para um vinho equilibrado», sustentou.


Filha do enólogo Luís Pato, Filipa cresceu a brincar nas vinhas, nos campos e lagares, cujo cheiro característico ainda hoje recorda com nostalgia.


Esteve na Austrália, mas foi nas castas portuguesas, nomeadamente do Dão e da Bairrada, que dedicou toda a sua atenção, com o objetivo de «trabalhar essas uvas da melhor forma possível para que o vinho fosse cada vez melhor».


Tradição e inovação são duas palavras-chave da sua produção. «Tentamos sempre fazer a união entre a tradição e modernidade, tentamos manter a boa tradição e ao mesmo tempo inovar, porque o que hoje é inovação, amanhã pode ser tradicional», disse.


Com vinhas alugadas no Dão e Bairrada, Filipa admite ter o sonho de um dia ter as suas próprias vinhas, embora considere que «o mais importante é perceber a vinha e tratá-la bem».


Filipa mudou recentemente o nome da sua produção para «FPato», para o caso de os seus filhos, à semelhança do que aconteceu consigo, seguirem as pisadas da mãe.


Filipa criou ainda em 2007 o projecto «Vinhos Doidos», em parceria com o marido, William Wouters, que comercializa dois vinhos, o «Bossa» e o «Nossa», uma inspiração do Brasil.


«Bossa» é um vinho de exportação para festas e convívios e o «Nossa» pertence a uma só vinha da Bairrada, «muito bom para vinhos brancos» e que, segundo Filipa, traduz-se na concretização de um sonho, já que é um vinho «mais estruturado, mais complexo, com melhor capacidade de envelhecimento e que vai bem com vários tipos de comida».


Lusa / SOL» in http://sol.sapo.pt/inicio/Vida/Interior.aspx?content_id=17438

Saturday, April 9, 2011

Cogumelos - Eis uma vertente agrícola que pode ser atractiva para Trás-os-Montes, mas é preciso saber identificar correctamente as espécies!

«Cogumelos: É preciso saber identificar as espécies mesmo as de maior potencial gastronómico

09 de Abril de 2011, 18:18
A Associação Micológica “A Pantorra” promove durante o fim-de-semana um encontro micológico que engloba saídas de campo para ajudar a identificar, colher e confecionar em segurança os designados cogumelos de primavera.
A ação junta mais de meia centena de pessoas e centraliza-se na apanha e identificação de Patorras (Morchella esculenta), um fungo de “elevado” valor gastronómico, dadas as suas qualidades organoléticas, aromáticas e cromáticas.
Porém, apesar das apetências gastronómicas, o cogumelo é ainda ”pouco conhecido” bem como as suas formas de confeção, já que o fungo apresenta “algumas toxidade”.
O tempo primaveril aliado às cores que ornamentam a paisagem transmontana e os aromas silvestres deliciam o olfato sendo um desafio, nem sempre bem sucedido, para se encontrar uma Pantorra dada a sua raridade.
“É preciso ter alguns cuidados quando se encontram e confecionam Pantorras. No entanto, a toxina do cogumelo é diluída com duas ou três lavagens com água quente”, alerta Guilhermina Marques, investigadora da Universidade de Trás –os- Montes e Alto Douro(UTAD).
Apesar do valor económico dos fungos, em Portugal ainda não há legislação que regulamente o sector e por esse motivo existe “um vazio legal” que não permite a “certificação” das mais variadas espécies para que se tornem numa mais valia.
Por seu lado, o presidente da Associação Micológica “A Pantorra”, Manuel Moredo garante que o diploma que possa vir a “regulamentar” o sector da micologia em território nacional ainda está atrasado, apesar de o ministério da Agricultura ter já conhecimento de todo trabalho realizado por vários especialistas nesta matéria.
“Mais que criar um diploma que regulamente o sector, o mais importante seria que as populações soubessem, de uma vez por todas, aquilo que se deve apanhar e comer e não andar atrás de conhecimentos empíricos, na maioria falsos, que podem levar à morte”, frisou o dirigente associativo.
"O mais importante seria que as populações soubessem, de uma vez por todas, aquilo que se deve apanhar e comer",     diz Manuel Moredo
Apesar de o dia estar convidativo para a apanha de Pantorras e de as condições naturais serem ótimas, esta espécie de cogumelos para serem degustados, numa ceia micológica, tiveram de ser adquiridos secos em Espanha.
“Só para se ter uma ideia, um quilo de Pantorras secas equivale a 10 quilos do fungo em fresco, sendo comercializado a cerca de 230 euros o quilo,” explicou Manuel Moredo.
Atualmente é possível degustar cogumelos silvestres ao longo de todo ano apesar de “não haver legislação” que permita a “comercialização do ponto de vista legal”.

Crise - Sinais do Tempo, as pessoas começam a virar-se para a essência da vida, para as coisas simples e verdadeiramente importantes: depois de décadas de consumismo, urge produzir para comer!

«Mais de 200 pessoas aguardam a sua horta em Cascais

09 de Abril de 2011, 10:11

O desejo de regressar ao campo invadiu os munícipes da linha. O projecto Agenda 21 apostou nas hortas comunitárias e o sucesso está garantido.


Longe vai o tempo em que apenas os reformados gostavam de trabalhar a terra. Actualmente, cada vez mais os mais jovens começam a interessar-se pelo campo.
O conceito Hortas Comunitárias de Cascais nasceu, segundo Joana Correia da Silva, responsável por este projecto, de um pedido da comunidade.
Tudo começou em 2009. "A primeira horta foi implementada no Alto dos Gaios, no Estoril, a segunda em Polima, em São Domingos de Rana e a terceira no Bairro de São João, na Rebelva", contabiliza.
Estão mais duas em construção, uma no Bairro 16 de Novembro e outra em São Domingos de Rana, em Carcavelos. " E neste momento já temos 221 pessoas em lista de espera", refere 


Nuno Piteira Lopes, vereador da Câmara de Cascais, explicando que este é um dos projectos que assenta naquilo que projectam para o concelho, uma vez que ajuda a reabilitar espaços que, por vezes, estavam ao abandono, servindo, inclusive para deitar lixo ou entulho, ajudando também a sociabilizar a comunidade e tendo retorno económico.
Além disso, quase todos estes espaços têm ao redor uma zona de passeio ou de corrida e um parque para as crianças, pelo que não há desculpas para que toda a família possa usufruir daquele local.


Joana Correia da Silva afirma que já foram gastos 30 mil euros, uma vez que a Câmara dá o terreno, cercas, casa de ferramentas, área de compostagem e água.
Todos os agricultores têm de fazer uma formação em agricultura biológica, uma hora de teoria e três sessões já a trabalhar a terra, não sendo permitido o uso de fertilizantes.
Nesta formação fazem ainda o planeamento da horta, aprendem técnicas de fertilização do solo e formas de proteger as culturas das pragas. Há ainda outras formações, caso da poda e de culinária, mas aí já fica ao critério de cada um fazê-las ou não.


André Miguel, o agricultor biológico de serviço colhe uma alface plantada por uma das suas turmas, além disso ensina algumas das técnicas que os agricultores praticam no dia-a-dia.
Para participar neste projecto é fundamental pertencer ao concelho de Cascais e inscrever-se no programa Agenda 21 em www.agendacascais21.net.
Mas nada melhor do que ouvir as histórias contadas por quem pega na enxada logo pela manhã ou quando regressa a casa após um dia de trabalho. 

Saturday, February 5, 2011

Política Agrícola: Começam os cidadãos a produzir, aquilo que o estado está impedido pelo Comunidade Europeia: bens essenciais de consumo!

«O "Cantinho da Rosa"
05 de Fevereiro de 2011, 01:37

Com a crise económica a encurtar o rendimento disponível das famílias, as hortas comunitárias são uma forma de poupar dinheiro ao final do mês. O projecto de integração social, “O meu cantinho de terra”, começou em Setembro de 2010 e hoje já tem 19 agregados familiares a cultivar nos terrenos da Misericórdia da Trofa. O que a terra dá é para as famílias.
Rosa Pereira "nem sabia pegar numa sachola". A ela e à filha, ambas desempregadas, foi-lhes proposto pela Santa Casa de Misericórdia da Trofa, cultivar legumes numa pequena horta de modo a sentirem-se mais úteis e ocupadas. Aceitaram de imediato e hoje não se arrependem.
Começaram com um pequeno talhão de 25 metros quadrados e hoje mantêm quatro talhões de terreno onde cultivam "quase tudo”, dizem as duas.
Alface, couve, nabiças, repolho, o suficiente para levar para casa e às vezes até vender o que sobra a vizinhos e conhecidos. São uma das 19 famílias que mantêm, umas com mais frequência do que outras, uma horta num terreno cedido pela Misericórdia da Trofa.
"Temos algum espaço ainda e se vierem a surgir novos pedidos, nós teremos capacidade, com outros terrenos anexos, de alargar o espaço bem como já há alguma abertura da própria Junta de Freguesia local para virmos a ocupar também alguns terrenos deles", afirma Zélia Reis, coordenadora do projecto "O meu cantinho de terra".
Uma equipa técnica tem acompanhado as famílias desde o primeiro momento. "Depois de aferido o rendimento per capita de uma determinada família que queira ter uma horta, se se enquadrar em famílias economicamente desfavorecidas nós temos uma empresa que é nossa parceira formal no projecto que oferece tudo quanto são plantas", explica Zélia Reis.
A gestão da horta fica a cabo das próprias famílias. São elas que cultivam os legumes, as ervas aromáticas, os frutos que pretenderem e levam-nos para casa ao final do mês. Em muitos casos, muitas delas chegam a vender o que sobra a vizinhos e conhecidos. Ao mesmo tempo poupam dinheiro que gastariam no supermercado com estes bens alimentares e podem ainda usar a horta como fonte de rendimento.
"Componente imaterial fortíssima"
Além das mais-valias económicas para as famílias a coordenadora do projecto da Santa Casa da Misericórdia da Trofa destaca uma "componente imaterial fortíssima". "Esta horta comunitária combate um estigma social a que as famílias beneficiárias do Rendimento Social de Inserção (RSI) estão sujeitas", acrescenta.
"Este projecto é um espaço de aprendizagem. Muitas famílias mudaram muito o comportamento em relação às famílias beneficiárias do RSI. Havia muito preconceito, ainda se pensa que estas pessoas são todas preguiçosas. Temos muita gente a reconhecer que afinal estas pessoas têm valor", acrescenta Luísa Reis, técnica de apoio d’ "o meu cantinho de terra”.
A componente social da horta comunitária chamou mesmo a atenção dos académicos. O projecto está a ser objecto de um estudo da Universidade Católica Portuguesa, na área da pedagogia social. 
"O meu cantinho de terra", começou, inicialmente, por ser direccionado às famílias beneficiárias do RSI, mas, foi-se alargando a outros agregados familiares que também mostraram interesse em adquirir talhões de terreno para cultivo próprio. "Pais, filhos, famílias moldavas, famílias de etnia cigana, famílias que não têm qualquer tipo de dificuldades", exemplifica Zélia Reis que destaca o bem-estar que a horta tem proporcionado às famílias.
"O convívio, o mexer na terra que dão outro alento, sobretudo a pessoas que não têm trabalho e que passam de repente a sentir-se úteis. As pessoas verbalizam mesmo felicidade", concretiza.
É o caso de Rosa Pereira. Desde que começou a trabalhar na horta revelou ao SAPO que se sente "muito feliz" e pensa inclusivé rentabilizar os legumes numa banca no mercado da Trofa. "Consta que nos vão dar uma bancada. Eu tenho fé que isto vá para a frente", conta.
Para já vai mantendo o negócio com vizinhas e conhecidas que lhe vão comprando alguns legumes. "Bem dizem que vou dar uma agricultora", confidencia. No fim de mais uma longa tarde de trabalho solarenga esta agricultora está "cansada mas feliz". Palavras da própria. É este o sentimento que se vive em todos os "cantinhos" desta horta comunitária.» @Catarina Osório


A Dona Rosa sabe bem que o que comemos provem da Terra... e não dos Hipers!
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A Horta comunitária ou particular em que muitos Portugueses voltaram a apostar, contraria a Política Agrícola errada, que a União Europeia nos obrigou a promover, que se resume: Portugal e os Países igualmente periféricos deixam de produzir, para comprar aos lobos Europeus... o problema é que o caldo revolucionário que se está a criar no Egito e noutros Países produtos, vai provocar uma crise mundial, no que se refere aos alimentos essenciais.
O Mundo por estes dias está um local perigoso: falta petróleo, começa a faltar água potável, começa a faltar ar respirável, começa a faltar sanidade mental aos grandes decisores mundiais.
Não acredito muito em Teorias do Apocalipse externas à nossa vontade, mas de facto, os homens começam a pagar o preço do mal que têm produzido ao Maravilhoso Planeta Azul: a Terra!