Showing posts with label realização. Show all posts
Showing posts with label realização. Show all posts

Sunday, May 29, 2011

A árvore da Vida

Fui hoje ver o há muito desejado filme de Terrence Malick, The Tree of Life, filme ganhador da Palma de Ouro do Festival de Cannes 2011, e não fiquei decepcionada com a experiência.

Fui sozinha que é uma das coisas que mais gosto. Detesto as pipocas e as coca-colas, o barulho e muita gente. À tarde tenho direito a desconto de senior e silêncio. O melhor dos mundos.

O filme é difícil de descrever. Fez-me lembrar 2001, Odisseia no Espaço, com música clássica lindíssima, imagens cósmicas extraordinárias, misticismo, diálogos com Deus ou com um ser superior, uma família que pouco falam, mas cujos rostos marcam o filme do princípio ao fim. Há uma certa inquietude que se cruza com a beleza espectacular das imagens da Natureza e apazigua o conflito.

Um filme que pode não agradar a todos, lento, pausado, filosófico. Um realizador que já fez vários filmes carismáticos como A Barreira Invisível - um dos melhores filmes de guerra que jamais vi, Days of Heaven, filme sobre emigração para os EUA e outros.


Saí do cinema feliz em paz.

Fica aqui o trailer do filme:

Tuesday, March 22, 2011

Downton Abbey

Seguindo o conselho do meu filho mais velho, que não tem TV em casa por princípio, mas gosta cada vez mais de ver séries inglesas e americanas, daquelas que víamos dantes na RTP 2, Brideshead Revisited, Upstairs, Downstairs ( A Família Bellamy), Pride and Prejudice, americanas como Parenthood, Desperate Housewives ou Damages, resolvi fazer o download duma série de 2010,chamada Downton Abbey.
A princípio, pareceu-me um pouco datada - como poderia não sê-lo se se passa em 1912? - mas a pouco e pouco, seduziu-me completamente, a tal ponto, que hoje vi três episódios numa tranquila tarde passada em casa, com o sol a entrar pela janela da varanda e lendo O Livro do Desassossego num intervalo lá fora ao sol.
Sou feliz - porque não confessá-lo?

A série é daquelas em que tudo parece ter congelado num tempo, o das grandes mansões vitorianas, em que desde o nobre master of the house até à mais humilde criada todos têm um papel na história, que começa com o naufrágio do Titanic. O decor, a reconstrução da época, os modos, as falas, o espaço rural e urbano é tudo uma esmero do princípio ao fim. Os sentimentos são expressos dum modo indirecto, pelos olhares, gestos, música, luzes, movimentos da câmara. Perfeito.

As nossas telenovelas têm muito a aprender com estas produções inglesas e americanas. Já estão melhor, tenho visto de quando em vez uma ou outra novela, mas os actores continuam a arrastar as falas, sempre à espera do teleponto, não há ritmo, as cenas repetem-se até à exaustão e a música, salvo raras excepções, é detestável.