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Saturday, January 1, 2011

NEW YEAR'S BLUES

Este Ano Novo de tão falado nos media já me parece um pouco velho, se não mesmo atacado por uma doença incurável, a depressão contínua.

Ontem, dia 31, não havia um restaurante aberto quando, ingenuamente, decidimos ir jantar fora pelas 7.30 e comprar simultaneamente o espumante e algumas coisas para a ceia de Ano Novo. Dei comigo e meus filhos no meio da Rua do Campo Alegre, a telefonar para restaurantes vários ( tenho uma lista no meu telemóvel), sem obter qualquer resposta.Acabámos por cozinhar um rosbife com batatas fritas e salada em casa, beber Vinho da Madeira em vez de champagne e comer a aletria doce que a minha nora me deixou aqui antes de ir passar o ano com familiares.
A crise não pode ser tão grande assim, se os restaurantes, cafés, esplanadas, shoppings etc. se dão ao luxo de fechar todos na véspera e no dia de Natal + véspera de Ano Novo. Se um desgraçado não tiver comprado nada com antecedência, como foi o meu caso, fica mesmo sem nada nesses dias.
Há muita gente que não tem jantares e almoços de família, que estão sós ou que pura e simplesmente gostariam de não ter de cozinhar. Mas tudo fecha.

Sinto um certo cepticismo quanto à consciência individual da crise - a que os ingleses chamam crisis awareness - ou ao modo como ela está a ser vivida e pintada pelos meios de comunicação social.
Os cinemas estão cheios,sobretudo de filmes para crianças, alguns puramente comerciais e sem interesse, não faltam pipocas e coca-cola para acompanhar, as compras de Natal ultrapassaram as do ano passado, as lojas regurgitam de roupas, víveres, bugigangas, doces, livros e revistas.

Só as lojas de CDs ficaram reduzidas a pó de há uns anos para cá. Hoje já não se encontram CDs de música clássica ou erudita em nenhuma loja do Porto, nem na Fnac, nem na Worten, nem em lado nenhum. A Melodia, que era excelente fechou. Mesmo em Inglaterra a célebre HMV - His Master's Voice- e a Virgin estão nas ruas da amargura. Uma tristeza. Em contrapartida, cada vez se pôem cá fora mais livros de duvidosa categoria ou interesse, os chamados livros de divulgação, sobretudo nesta época natalícia, todo o mundo escreve e alguns escrevem mal e todo o mundo parece ter algo para dizer aos outros ( este blogue é disso exemplo!:)).

O que escrevo hoje é pouco motivador, não estou muito animada neste princípio do ano.
Estou com o New Year's blues, a melancolia pos festas.

Já há meses que ando assim, com uma sensação de crise que não tem nada a ver com aquela de que todo o mundo fala, mas uma minha, interior, que tem a ver com o tempo cinzento, com o Botânico fechado ao público, com a Casa Andersen pintada de vermelho escuro, com as minhas maleitas pessoais que me afligem bastante, o desencanto do atelier e, forçosamente, com o afastamento progressivo e necessário dos meus filhos... enfim toda uma miscelânea de coisas que me trituram e tiram aquele gosto de viver.Até com os netos, sinto esta angústia, que carece de uma explicação.

Neste dia 1, pergunto-me se o mundo, neste momento, está mesmo em crise. Ou se são as pessoas que continuam a viver como se ela não existisse, aproveitando ao máximo o que têm e não têm.

Sunday, August 1, 2010

Por do sol na Foz



Sempre gostei de jantar ao pé do mar no Verão.

As esplanadas estão um pouco vazias, dado que as tardes nem sempre são muito quentes e o ventinho sopra...
Em contrapartida, dentro dos restaurantes com as grandes vidraças abertas sobre a areia, está-se bem. Não é barato, mas a vista compensa. Assiste-se ao findar do dia, o sol a morrer lá longe, a névoa rosea e cobrir a linha do horizonte. Acendem-se as luzes e aquele lusco-fusco torna-se ainda mais belo quando se olha para a espuma branca das ondas a rebentar na areia.

Hoje fui jantar com a minha filha ao Bar da Praia da Luz na Foz. Tirei algumas fotos. É um local muito bem cuidado, tem sofás e pufs por todo o lado, uma sala de jantar confortável no inverno com lareira, no verão com uma decoração bonita e fresca. É um pouco caro e demorado...mas enfim.
É bom fazer férias numa cidade como o Porto...nem nos faz falta sair do país. As temperaturas são amenas, as praias são bonitas, há menos carros, está-se bem.

Saturday, July 24, 2010

Babá ao rum e outros acepipes

Hoje dediquei-me à cozinha e não me saí mal, embora fizesse outras coisas pelo meio, como é meu costume.
Gosto de cozinhar, mas às vezes, também sinto necessidade de sair para comer, faço-o regularmente com os meus dois filhos para socializar e comer bem. Ontem fomos a um restaurante que muito aprecio, na Foz, onde servem fondue. Já há mais de dez anos que lá vou, conhecem-nos bem e sinto-me em casa. A decoração é excelente, o ambiente também e pelo facto de estar junto à praia, pode-se sempre ver o pôr do sol no mar.

Hoje fiz um rosbife à inglesa para o jantar com arroz e salada. Comi tanta salada que até estou enfartada de verdes! Para a sobremesa, acedi ao pedido do meu filho e fiz um Babá ao rum, à maneira francesa. Lembro-me com saudade dos bábás de Lisboa, acho que eram os meus bolos preferidos de sempre. Não usei rum, pois não o tenho, mas vinho da Madeira que faz o mesmo efeito.
Agora vou ver o futebol - Benfica, byekk - só para fazer a digestão de tanto pitéu.:))