Thursday, September 30, 2010
5º Dia Sem Doces
Quando fiz a primeira tentativa de me afastar 21 dias de bolos, gelados, chocolates e tudo o que fosse considerado uma "guloseima", fiz as coisas da forma errada: quis obrigar-me a não comê-los, parecia um castigo, em vez da compulsão ficava com uma obsessão e tudo o que nos faz sentir frustração condena-nos ao fracasso.
Agora, mudei aquilo que tem necessariamente que mudar para que qualquer dieta, qualquer reconstrução de auto-estima, dêem certo: a minha mente. Aos poucos tiro a importância da comida. Aos poucos mesmo. Quem tiver andado uma vida inteira enrolada com algo tão entranhado como a compulsão alimentar, sabe (ou devia saber) que enquanto não conseguirmos gostar mais de nós do que da comida, andaremos sempre aos avanços e recuos. A todas vocês que continuam a fechar-se e a ter uma relação doentia com a comida, digo-vos que eu sei o que isso é. Se estou a conseguir avançar é porque todos os dias me valorizo um pouco mais.
Porque se fico triste percebo que prefiro um abraço, não preciso de me encher de porcarias e castigar-me, porque sim, comer compulsivamente é auto-castigarmo-nos! Não mereço castigo algum: mereço tudo tudo tudo!
Porque se fico zangada, prefiro discutir e se não posso discutir então vou para o ginásio suar e gastar a minha fúria toda. Porque me lembro bem de tudo o que já perdi por pesar 100kg, porque agora é a primeira vez que amo alguém e sou amada, porque estou empenhada em curar as minhas costas e ficar saudável como quase ninguém na minha família é, porque daqui a uns 5 anos quero ter um filho. Tenho muitos motivos, encontro todos os dias mais, todos os dias mais razões para não preferir encher-me de comida.
Estes 21 dias não são um castigo, não são uma tortura: são 21 dias em que estou simplesmente a escolher-me a mim em vez de qualquer outra coisa e a encontrar algo que nunca tive: paz.
Inédito!!
Encontrei uma amiga no chat do FaceBook... no meio de tantas tricas e laricas ela sai-se com esta história que vem já de seguida e que eu achei deliciosamente ridícula!
Ela- Nem sabes o que aconteceu hoje pela manhã quando estava a ir trabalhar! Parei num café para tomar o pequeno-almoço e o raio do café estava a pinha (para variar) e estavam só duas raparigas ao balcão para atender mais de 10 pessoas...
Às tantas, não perguntes como, uma das raparigas estava estendida no chão desmaiada, a colega aflita a querer socorrê-la e os clientes em cima dela mais preocupados com os seus pedidos do que com a pessoa caida no chão!
Eu- Não posso!... e o que fizeste?! Ou melhor, o que foi que as pessoas fizeram?! Chamaram uma ambulância, ou levantaram a rapariga dali?
Ela- Que nada!... foi preciso chegar um conhecido da colega da desmaiada que a levou dali, mas os clientes começaram a protestar a demora dos pedidos, e da ausência da funcionária. Surreal! Nunca tinha visto nada assim...
Eu- Pois... imagino... (Nem queria acreditar no que ela acabava de contar...)
Às tantas, após o relato, senti um misto de sensações e inevitavelmente questionei-me onde está o civismo e a preocupação com o próximo, sem falar no respeito... Inédito!! Uma pessoa desmaiada no chão, ninguém sabia a causa nem a gravidade da situação e estavam mais preocupados com as próprias barrigas... surreal!!
Ela- Nem sabes o que aconteceu hoje pela manhã quando estava a ir trabalhar! Parei num café para tomar o pequeno-almoço e o raio do café estava a pinha (para variar) e estavam só duas raparigas ao balcão para atender mais de 10 pessoas...
Às tantas, não perguntes como, uma das raparigas estava estendida no chão desmaiada, a colega aflita a querer socorrê-la e os clientes em cima dela mais preocupados com os seus pedidos do que com a pessoa caida no chão!
Eu- Não posso!... e o que fizeste?! Ou melhor, o que foi que as pessoas fizeram?! Chamaram uma ambulância, ou levantaram a rapariga dali?
Ela- Que nada!... foi preciso chegar um conhecido da colega da desmaiada que a levou dali, mas os clientes começaram a protestar a demora dos pedidos, e da ausência da funcionária. Surreal! Nunca tinha visto nada assim...
Eu- Pois... imagino... (Nem queria acreditar no que ela acabava de contar...)
Às tantas, após o relato, senti um misto de sensações e inevitavelmente questionei-me onde está o civismo e a preocupação com o próximo, sem falar no respeito... Inédito!! Uma pessoa desmaiada no chão, ninguém sabia a causa nem a gravidade da situação e estavam mais preocupados com as próprias barrigas... surreal!!
Wednesday, September 29, 2010
Mais uma fotografa de génio
Por vezes gosto de fazer pesquisas nos sites de fotografia para me inspirar nas minhas pinturas. Ultimamente não ando muito inspirada e detesto copiar quadros já feitos - mesmo dos mestres insignes - hábito que é muito vulgar nos ateliers, nas famílias, para ofertas, etc. Era incapaz de dar um quadro que não fosse inteiramente concebido por mim a outra pessoa. Mesmo mau, é meu.
Fotografia é outra coisa. Já fiz vários quadros inspirados em fotos artísticas e algumas são elas próprias verdadeiras obra-primas.
Encontrei estas, por exemplo, duma fotógrafa suiça Ursula Abrecht no site Onexposure, o tal site que se orgulha de apresentar as fotografias mais lindas do mundo, fazendo uma escolha cerrada do que publica e promove.
Tuesday, September 28, 2010
Boa acção do dia!
Para minha tristeza tinha que ser uma mulher a protagonista desta situação hilariante...
Andava eu na minha vidinha às voltas de um lado para o outro nas capelinhas até que faço uma paragem obrigatória para atender o telemóvel junto às escolas. Junto a uma urbanização bastante movimentada. Cheia de carros de ambos os lados do passeio. Miúdos e graúdos numa agitação por aquela avenida que assim de repente me pareceu o Chiado.
Estava eu sossegadita na minha conversa telefónica até que passa um carro por mim e tenta estacionar no lado oposto onde me encontrava. Dá ali voltas e mais voltas com o raio do carro até que estaciona. Mas lá deve ter visto a borrada que fez porque fica uns segundos dentro do carro a olhar pelo retrovisor e olha para mim. (Devia estar a pensar se eu me tinha apercebido do sucedido).
Eu a topá-la, no entanto sempre na minha a conversar. Ela sai do carro e vai à parte de trás ver o estrago que tinha feito e olha de novo para mim. Com isto, dá uns passos na minha direcção, mas lá se deve ter arrependido do que quer que lhe tenha passado pela mente e dá meia volta e entra no carro e vai-se embora. Com isto não resisti em comentar com a pessoa que estava a falar e contar-lhe o sucedido e só dizia que não estava a acreditar. Quando acabo a frase, a fulana passa por mim e tenta estacionar um pouco mais à frente onde, para azar dela, ainda tinha campo de visão suficiente para a ver. E não é que a fulana bate outra vez no carro de trás! Incrível, só vos digo!! O mais caricato é que às tantas eu ia relatanto o acontecido com a pessoa que estava do outro lado do telefone. Ele só perguntava: o que vais fazer? O mesmo que fizessem a mim, respondi-lhe.
Desta vez, sem espanto vejo a fulana a ir embora, mas nem se deu ao trabalho de sair e ver o estrago que tinha feito. Para quê? Deve ser usual este comportamento, está visto!
Às tantas eu só dizia à pessoa do telefone, que se ela continuasse pela avenida fora a tentar estacionar, muitas pessoas teriam um prejuízo tremendo, mas não! Lá se tocou na segunda tentativa e foi embora, provavelmente a dar outros quantos toques, mas noutra freguesia. Medo! Muito medo dessas pessoas inconscientes e com muita lata...
A Essência, agarra num papel e numa caneta e escreve dois bilhetes completamente iguais onde basicamente dizia isto: "O carro com a matrícula xx-xx-xx acaba de lhe dar um toque na parte da frente do seu carro. Eu assisti a tudo como também vi quando a pessoa, depois de ver o que fez, se foi embora des-ca-ra-da-men-te-"
Depois de escrever os bilhetes pensei para o meu decote: faz pelos outros o que gostarias que fizessem por ti. E foi exactamente o que fiz!
Andava eu na minha vidinha às voltas de um lado para o outro nas capelinhas até que faço uma paragem obrigatória para atender o telemóvel junto às escolas. Junto a uma urbanização bastante movimentada. Cheia de carros de ambos os lados do passeio. Miúdos e graúdos numa agitação por aquela avenida que assim de repente me pareceu o Chiado.
Estava eu sossegadita na minha conversa telefónica até que passa um carro por mim e tenta estacionar no lado oposto onde me encontrava. Dá ali voltas e mais voltas com o raio do carro até que estaciona. Mas lá deve ter visto a borrada que fez porque fica uns segundos dentro do carro a olhar pelo retrovisor e olha para mim. (Devia estar a pensar se eu me tinha apercebido do sucedido).
Eu a topá-la, no entanto sempre na minha a conversar. Ela sai do carro e vai à parte de trás ver o estrago que tinha feito e olha de novo para mim. Com isto, dá uns passos na minha direcção, mas lá se deve ter arrependido do que quer que lhe tenha passado pela mente e dá meia volta e entra no carro e vai-se embora. Com isto não resisti em comentar com a pessoa que estava a falar e contar-lhe o sucedido e só dizia que não estava a acreditar. Quando acabo a frase, a fulana passa por mim e tenta estacionar um pouco mais à frente onde, para azar dela, ainda tinha campo de visão suficiente para a ver. E não é que a fulana bate outra vez no carro de trás! Incrível, só vos digo!! O mais caricato é que às tantas eu ia relatanto o acontecido com a pessoa que estava do outro lado do telefone. Ele só perguntava: o que vais fazer? O mesmo que fizessem a mim, respondi-lhe.
Desta vez, sem espanto vejo a fulana a ir embora, mas nem se deu ao trabalho de sair e ver o estrago que tinha feito. Para quê? Deve ser usual este comportamento, está visto!
Às tantas eu só dizia à pessoa do telefone, que se ela continuasse pela avenida fora a tentar estacionar, muitas pessoas teriam um prejuízo tremendo, mas não! Lá se tocou na segunda tentativa e foi embora, provavelmente a dar outros quantos toques, mas noutra freguesia. Medo! Muito medo dessas pessoas inconscientes e com muita lata...
A Essência, agarra num papel e numa caneta e escreve dois bilhetes completamente iguais onde basicamente dizia isto: "O carro com a matrícula xx-xx-xx acaba de lhe dar um toque na parte da frente do seu carro. Eu assisti a tudo como também vi quando a pessoa, depois de ver o que fez, se foi embora des-ca-ra-da-men-te-"
Depois de escrever os bilhetes pensei para o meu decote: faz pelos outros o que gostarias que fizessem por ti. E foi exactamente o que fiz!
Fotos e 3º dia Sem Doces
Na sexta à noite fui assim, num vestido estampado que ainda pede mais um pouco de verão, num vestido estampado que é o meu primeiro deste género porque só agora tenho coragem para chamar tanto à atenção (já sabem que as fotos ficam por tempo limitado...):
Apesar de ter tido 2 aniversários de seguida, que incluiram umas largas calorias extra (sexta e sábado), e estar em plena semana TPM, o meu peso está nos 78,0 exactamente. Quero regressar à faculdade com 75 kg, será pedir muito? Acredito que é possível, principalmente se estiver afastada das compulsões, afastada de bolos e afins. Não acredito em dietas malucas, não acredito em dias em que se faz jejum, não acredito em uso de laxantes, muito simplesmente porque já fiz isso tudo (várias vezes ao longo dos meus 27 anos) e sei que nada disso me aproxima de uma relação saudável com a comida. Muitas vezes precisamos entender o que nos leva a procurar refúgio na comida para podermos libertar-nos dela. Ao afastar-me do açúcar, quero libertar-me da ideia de que ele pode ser a cura de tantas coisas quando eu já percebi que não é.
Ao 3º dia digo-vos: a revolução começou e nada nos pode parar!
p.s. - As minhas costas já estão a 95%, amanhã vou fazer um TAC para ter um diagnóstico mais exacto e hoje volto a sério ao ginásio :D viva!
Ao 3º dia digo-vos: a revolução começou e nada nos pode parar!
p.s. - As minhas costas já estão a 95%, amanhã vou fazer um TAC para ter um diagnóstico mais exacto e hoje volto a sério ao ginásio :D viva!
Monday, September 27, 2010
Fotografo Europeu do Ano - André Boto
Português eleito Fotógrafo Europeu do Ano
André Boto foi eleito esta quarta-feira, na Alemanha, Fotógrafo Europeu do Ano, pela FEP (Federação Europeia de Fotógrafos). O jovem de 25 anos é o primeiro português a conseguir a distinção.
«É uma grande honra estar no top dos fotógrafos europeus. Um enorme prazer. Além disso, consegui trazer o nome de Portugal cá fora. Não só do país, como da AFP e dos fotógrafos portugueses», declarou ao tvi24.pt André Boto, ainda na Alemanha, onde acompanha a feira de imagem Photokina, local onde foram anunciados os vencedores e entregues os prémios.
O fotógrafo português, com formação da escola de fotografia Oficina de Imagem , ganhou já 68 concursos em Portugal e recentemente foi nomeado pela Sociedade Portuguesa de Autores na categoria de Melhor Trabalho de Fotografia, tendo perdido o galardão para o fotógrafo Eduardo Gajeiro.
Nascido em Lagos, André Boto já obteve os certificados de «Qualified European Photographer» nas categorias de Retrato e Ilustração, assim como o título de Master, sendo também o primeiro português a obter esta distinção.
Na segunda edição do concurso anual de Melhor Fotógrafo Europeu, (FEP of the Year) André Boto, concorreu contra 700 fotógrafos europeus que enviaram cerca de duas mil fotografias, em seis categorias. Boto foi o primeiro classificado em duas das categorias, Comercial e Ilustração, e ainda o terceiro classificado na categoria de Retrato. No total, o fotógrafo português arrecadou cinco medalhas de ouro, três de prata e uma de bronze. A imagem que lhe valeu o primeiro lugar na categoria de Ilustração valeu-lhe também o prémio de Fotógrafo Europeu do Ano.
(TVI 24)
O desconhecido...
Almoçava num restaurante que tinha vista para o Tejo. A vista era deslumbrante! A refeição divinal... Sozinha, enquanto saboreava o almoço e a vista, sentia-me a ser observada...
Esta sensação durou a hora que estive sentada e o nervoso miudinho apoderou-se de mim...
Vi quem me despertava os sentidos e o coração acelerou numa batida constante...
Um homem com um olhar profundo na cor castanho mel, simplesmente sedutor. Um sorriso rasgado contagiante. Uma pele morena, um corpo másculo que sobressaía na camisa branca que envergava... os braços bem torneados eram perceptíveis enquanto os movia...
Deixo o recinto acompanhada pelo seu olhar... na rua sinto uma presença forte por trás de mim como se estivesse a ser absorvida pelos seus pensamentos, o seu olhar...
Entro na primeira loja que encontro, já não aguentava aquela sensação de poder sobre mim e levo a primeira peça de roupa que me aparece à frente para o provador. Sento-me na cadeira para me recompor mas nem tive tempo para recuperar o fôlego pois o homem misterioso abre a cortina num rompante e olha-me com aquele olhar de sedução e desejo como se o amanhã não fosse mais existir e agarra-me pela cintura e sente a minha respiração a poucos centímentros que nos separavam um do outro e ambos sentimos e ouvimos os corações num bater descompassado e acelerado. Fecha a cortina por trás dele. As minhas pernas estavam trémulas e eu desejava que ele me beijasse com toda a paixão e desejo... o jogo só naquele momento tinha começado e ambos sabíamos disso...
Ele, com as suas mãos grandes de dedos finos percorre o meu corpo e aos poucos desabotoa-me a camisa como se estivesse em câmara lenta e eu via na sua expressão um gozo saudável em saber que me estava a deixar louca de prazer... só pensava que aquele desconhecido tinha invadido em pouco tempo os meus desejos, os meus pensamentos como se quissese ser meu dono e eu ali à sua mercê, vulnerável e ansiosa pelos seus devaneios e excitada por saber que era um desconhecido, por estar numa cabine de prova numa loja e só isso dava-me uma estranha sensação de estar a cometer uma loucura... ele puxou-me os cabelos de forma gentil mas segura obrigando-me a inclinar a cabeça e ao mesmo tempo que me beijava o pescoço senti a sua mão explorar os meus seios... quis beijá-lo, sentir os seus lábios mas ele, num gesto firme, fez-me rodopiar e ficou por trás, bem colado a mim. Naquele momento pude ver o meu reflexo no espelho e via o desconhecido com uma mão envolvendo o meu seio e a outra baixando lentamente, passando pelo meu umbigo, perdendo um momento a rodopiar pelo meu piercing e baixando até aos botões das minhas calças... aí num assomo de lucidez tentei escapar, mas ao tentar recuar, fui de encontro ao seu desejo e ao ser apertada contra o corpo dele, pelas suas mãos grandes, voltei a cair no estado de loucura e desejo... e ele foi desapertando os botões um a um e ao mesmo tempo empurrando-me contra a sua masculinidade que parecia querer saltar fora das calças... quando ele desapertou as minhas calças, eu consegui rodopiar e ficando de frente para ele beijei-o e em simultâneo, senti os seus dedos finos, explorarem a minha intimidade... e ali estava eu, que sempre fora muito certinha, prestes a cometer a maior loucura da minha vida... uma parte de mim só já pensava em ser possuída por aquele estranho, a outra parte desejava que uma funcionária da loja entrasse por aquela cortina... e pusesse um fim àquele devaneio!!!
Naquela altura sabia que já não conseguiria, nem sei se queria, resistir aos avanços... nem mesmo quando relembrei todas as histórias de casais apanhados em provadores de lojas de roupa...
Ele continuava alheio aos meus receios, e não se detendo... uma por uma ele foi retirando toda a minha roupa... pegou-me pelos quadris e encostando-me à parede, senti o seu sexo cheio de desejo, aflorar o meu, senti-me desfalecer... e foi nessa altura que despertei de um sono onde o sonho parecia tão real...
Esta sensação durou a hora que estive sentada e o nervoso miudinho apoderou-se de mim...
Vi quem me despertava os sentidos e o coração acelerou numa batida constante...
Um homem com um olhar profundo na cor castanho mel, simplesmente sedutor. Um sorriso rasgado contagiante. Uma pele morena, um corpo másculo que sobressaía na camisa branca que envergava... os braços bem torneados eram perceptíveis enquanto os movia...
Deixo o recinto acompanhada pelo seu olhar... na rua sinto uma presença forte por trás de mim como se estivesse a ser absorvida pelos seus pensamentos, o seu olhar...
Entro na primeira loja que encontro, já não aguentava aquela sensação de poder sobre mim e levo a primeira peça de roupa que me aparece à frente para o provador. Sento-me na cadeira para me recompor mas nem tive tempo para recuperar o fôlego pois o homem misterioso abre a cortina num rompante e olha-me com aquele olhar de sedução e desejo como se o amanhã não fosse mais existir e agarra-me pela cintura e sente a minha respiração a poucos centímentros que nos separavam um do outro e ambos sentimos e ouvimos os corações num bater descompassado e acelerado. Fecha a cortina por trás dele. As minhas pernas estavam trémulas e eu desejava que ele me beijasse com toda a paixão e desejo... o jogo só naquele momento tinha começado e ambos sabíamos disso...
Ele, com as suas mãos grandes de dedos finos percorre o meu corpo e aos poucos desabotoa-me a camisa como se estivesse em câmara lenta e eu via na sua expressão um gozo saudável em saber que me estava a deixar louca de prazer... só pensava que aquele desconhecido tinha invadido em pouco tempo os meus desejos, os meus pensamentos como se quissese ser meu dono e eu ali à sua mercê, vulnerável e ansiosa pelos seus devaneios e excitada por saber que era um desconhecido, por estar numa cabine de prova numa loja e só isso dava-me uma estranha sensação de estar a cometer uma loucura... ele puxou-me os cabelos de forma gentil mas segura obrigando-me a inclinar a cabeça e ao mesmo tempo que me beijava o pescoço senti a sua mão explorar os meus seios... quis beijá-lo, sentir os seus lábios mas ele, num gesto firme, fez-me rodopiar e ficou por trás, bem colado a mim. Naquele momento pude ver o meu reflexo no espelho e via o desconhecido com uma mão envolvendo o meu seio e a outra baixando lentamente, passando pelo meu umbigo, perdendo um momento a rodopiar pelo meu piercing e baixando até aos botões das minhas calças... aí num assomo de lucidez tentei escapar, mas ao tentar recuar, fui de encontro ao seu desejo e ao ser apertada contra o corpo dele, pelas suas mãos grandes, voltei a cair no estado de loucura e desejo... e ele foi desapertando os botões um a um e ao mesmo tempo empurrando-me contra a sua masculinidade que parecia querer saltar fora das calças... quando ele desapertou as minhas calças, eu consegui rodopiar e ficando de frente para ele beijei-o e em simultâneo, senti os seus dedos finos, explorarem a minha intimidade... e ali estava eu, que sempre fora muito certinha, prestes a cometer a maior loucura da minha vida... uma parte de mim só já pensava em ser possuída por aquele estranho, a outra parte desejava que uma funcionária da loja entrasse por aquela cortina... e pusesse um fim àquele devaneio!!!
Naquela altura sabia que já não conseguiria, nem sei se queria, resistir aos avanços... nem mesmo quando relembrei todas as histórias de casais apanhados em provadores de lojas de roupa...
Ele continuava alheio aos meus receios, e não se detendo... uma por uma ele foi retirando toda a minha roupa... pegou-me pelos quadris e encostando-me à parede, senti o seu sexo cheio de desejo, aflorar o meu, senti-me desfalecer... e foi nessa altura que despertei de um sono onde o sonho parecia tão real...
Sunday, September 26, 2010
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