Em miúda, quando olhava para o céu e o via todo cheio de nuvens ficava maravilhada a comtemplar todo o conjunto. Uma beleza tão plena e serena. Fixava-me nas nuvens e só pensava quando é que eu podia estar em cima de uma e quão engraçado seria a sensação infinita que iria sentir. Ver o mundo lá de cima. Sentir-me grande, eu que era um pingo de gente. Cresci e essa ideia foi-se dissipando, mas uma réstia de esperança ficou aqui bem escondida num sítio que não ocupa espaço. Onde só eu sei que está, quieta e silenciosa... pois é assim que se querem os sonhos utopianos.
