Monday, March 15, 2010

BULLYNG

Bullying, que palavra é esta que está a assombrar tudo e todos!
Como definimos esta pequena palavra que no seu verdadeiro sentido é tão cruel e destrutiva!
Com os relatos que vamos ouvindo nos meios de comunicação social é qualquer coisa de assustador, porque de facto quando analisamos os prós e contras apercebemos-nos que efectivamente estamos numa bola de neve que não tem tendência a parar!


Quem tem filhos, sobrinhos e afins meu Deus! Alíás, até com o vizinho ou mesmo o anónimo, porque efectivamente este mal é de todos nós! Porque afecta a nossa sociedade na qual estamos inseridos. E não podemos ficar impávidos e serenos à espera que nos aconteça. Porque só ai é que pômos as mãos à cabeça, ai meu Deus! Ai meu Deus! Infelizmente é assim que funciona. Enquanto não nos toca a nós, ok! Ficamos chocados com as notícias mas não é connosco, com os nossos. Como tal sacudimos a água do capote. É tão mais fácil...
Penso que começa tudo por ai, pelo factor telespectador. Nós povo, as entidades competentes, nomeadamente o governo que tudo vê e tudo ouve mas simplesmente nada faz!
Bolas, já ouve suicídios de um jovem e um professor! (citações destes casos por serem recentes)
Obviamente que devem existir números assustadores para as estatísticas. Basta um começar a falar ou a sucederem-se casos para virem os demais à tona.


O Bullying não é um fenómeno recente. Este tipo de violência sempre existiu nas escolas e no seio de outros grupos sociais. A diferença é que agora é mais facilmente divulgado porque há inúmeras plataformas para o efeito principalmente na net como este, por exemplo!
Quem é que não se lembra dos putos mais velhos da escola que se juntavam para roubarem o lanche aos mais novos e que pelo meio aproveitavam para darem uns calduços a que se atrevesse a refilar? Hoje não se roubam lanches mas sim telemóveis, o que é substancialmente mais grave uma vez que os telemóveis são muito mais caros!!
Quem é que não se lembra do puto caladinho, introvertido, gordinho, tímido e inseguro que era alvo da chacota de todos que mais uma vez aproveitavam para mais uns calduços e já agora, porque não, uns pontapés?? Na altura as vítimas calavam-se e cresciam assim ou então contavam aos pais que lhes respondiam para serem mais homens ou mulheres e... cresciam assim!! Hoje, algumas vítimas calam-se e crescem assim mas a maioria diz aos pais e aos amigos e à polícia, vão ao psicólogo, psiquiatra e, em último caso, suicidam-se! As que não o fazem e a ainda bem que são casos raros... crescem assim!
Façamos o que fizermos, nada disto vai mudar senão formos ao cerne do problema.
Estando obviamente a generalizar, o que importa realçar é que o principal problema começa dentro das nossas casas, com os nossos filhos!!! Quem é que deve consultar o psicólogo? A criança que nada fez e é a vítima ou o que bateu por puro prazer e que tem REALMENTE problemas psicológicos? Já se perguntaram o que vai na cabeça dos "Bullys"? Qual a origem do problema? Porque será que são tão agressivos, o que os leva a ser assim? Não acredito que a sua agressividade seja inata e que eles sejam vítimas da sua própria natureza. O que eu acho é que o principal problema começa no seio familiar que deve transmitir valores positivos que sirvam saudavelmente os interesses dos jovens e não valores que lhes dão armas para destruir o crescimento dos outros! O nosso problema é EDUCAÇÃO! É por nós pais que começa a prevenção deste tipo de problemas, é no seio do nosso lar que se ensina que a violência gera violência e que só deve ser aplicada em último caso e para nos defendermos!


Sei que são meras palavras, que muitos de vós ao lerem irão pensar: mais uma que só fala, fala, mas nada faz... mas contudo, só o facto de reflectir perante o "problema" e tentar agir no sentido de educar e estarmos atentos aos comportamentos das nossas crianças já estamos a fazer e muito! Nós que somos comuns cidadãos desta sociedade que é regida pela tranquilidade esmagadora e silenciosa do nosso governo.
Governo esse que somos nós povo que os pomos no poleiro! O minímo que se espera desses senhores é que façam jus ao estatuto que adquiriram pelo povo e que façam prevalecer uma sociedade digna de se viver! Não de se sobreviver.


Por fim, vou-me remeter à minha insignificância mas antes quero deixar duas perguntas que a meu ver são bastantes pertinentes:
Como vai ser daqui a 5 anos? Como vamos conseguir viver nesta onda de violência?