- Sou eu... O seu Sam. Já não conhece o seu Sam?
- Não posso fazer isto, Sam...
- Eu sei. Está tudo errado! O certo era nem sequer estarmos aqui. Só que estamos... É como nas grandes histórias, Sr. Frodo, naquelas mesmo importantes. Elas eram sombrias e cheias de perigos. E às vezes não se queria saber o final, pois como poderia ele ser feliz? Como podia o mundo voltar ao que era quanto tanto de mau acontecera? Mas no fim, é só uma coisa passageira, essa coisa sombria. Até as trevas têm um fim. E novo dia nascerá. E quando o Sol brilhar será ainda com maior intensidade. Eram essas as histórias que nos ficavam na memória, que tinham algum significado, ainda que fôssemos novos de mais para o perceber. Mas acho que percebo, Sr. Frodo. Sei que agora percebo. Os heróis dessas histórias tinham hipóteses de arrepiar caminho, só que não arrepiavam. Continuavam em frente, porque qualquer coisa os sustinha.
- Que nos sustém a nós, Sam?
- Saber que há bondade neste mundo. E que vale a pena lutar por ela.