Quando eu era criança era perfeito, sagrada a minha inocência. E nos dois anos passados voltei a sonhar como uma criança e viver esse espírito como já não vivia, à anos, de forma tão intensa. Para ser sincero, graças sobretudo a ela. Mas ela já não está comigo e este Natal apenas relembro o sorriso que tinha. Relembro como o vivi em família provocando sorrisos na cara dos outros e a mim próprio. O Natal não me disse nada este ano, pelo contrário, nem consegui colocar um único sorriso no rosto dos meus pais. Se eu era, outrora, a pessoa que animava a casa e levava algum do espírito natalício contagiando-os com um grande sorriso como acontecera o ano passado, este ano, senti-me triste por não o ter conseguido fazer. Vi o Natal como sendo algo onde as pessoas são deveras consumistas e hipócritas, algumas lembrando-se apenas de nós neste período. No final desta história eu só vivi o Natal de uma forma tão verdadeira nos dois últimos anos por eu ter sido como uma criança... um inocente. E agora, com isto tudo, já não acredito primeiro no amor e só depois nas pessoas. Este foi um Natal diferente, de certa forma, pouco vivo. Restaram os meus amigos e novas pessoas que entraram na minha vida para me proporcionarem momentos ou troca de palavras que me fizessem sentir melhor, apenas melhor, porque a troca de presentes e amor que outrora havia, deixou de haver. Este foi o meu pior Natal porque já não sou uma criança, já não sou como uma criança (inocente, com amor na mão e carinho a toda a hora).
Nunca pronunciem a palavra "sempre". O verdadeiro sentido da palavra só existe nalgumas pessoas, em pessoas raras...