Sunday, January 16, 2011

RESULTADO DO CONCURSO "IMAGINAÇÃO PARA UM FLASH!"

Após uma semana de se ter anunciado o concurso (Imaginação para um Flash) eis que venho postar as histórias que foram autorizadas.
Muito obrigado a todos os que participaram! Dentro de dias irão receber o prémio por correio através dos endereços enviados! PARABÉNS AOS PREMIADOS!!
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Porque a boa educação manda as senhoras serem as primeiras começo pela nossa (Karochinha)... deliciem-se com esta linda história de amor!

Destino, coincidência…ou talvez o Amor Verdadeiro!

No dia 6 de Agosto de 2006, pelas 4h da madrugada, após tomar um banho de mar em roupa interior, numa praia da Fonte da Telha, como forma de comemoração do meu 30º aniversário, com todos os meus 26 convidados por ali, uns a jogar à bola, outros a namorarem, outros ainda sentados a ver as estrelas, nessa noite, avistei uma estrela cadente. Não resisti. Pedi um desejo. Daqueles que se pedem sempre. Daqueles que muito raramente se concretizam e temos a plena consciência disso. Mesmo assim, acreditei com todo o meu ser que sim, este iria se realizar, sem sombra de qualquer dúvida. Pedi um homem à minha medida, um homem que me fizesse tão feliz quanto eu o faria, um homem para a minha vida, o tal…
E ele chegou, por acaso, passados apenas 13 dias, numa noite de farra com uma das minhas amigas que não pôde ir à festa de aniversário, prometi-lhe uma saída só com ela e no dia 18, lá estava ela a querer convencer-me a ir a Sesimbra quando eu queria era mesmo ir ao RS Bar na Costa da Caparica. Depois de alguma insistência e de um ultimato da minha parte, eu ganhei.
Lá chegadas, ladies night, só homens, só pares de olhos postos em quem chega, quem será a mais bonita da noite…uma analogia da história da Cinderela dos tempos modernos mas sem as carruagens e os encantamentos.
A Filomena, mais velha do que eu, toda cheia de estilo, prega olho num e diz-me entre dentes, pois é sempre assim neste jeito engraçado que fala, que queria ficar perto dele. Nem sequer olhei para ele, sou franca, fui ao Bar, buscar a minha seven up, pois não bebo álcool, trouxe a bebida dela também e o olhar de felina dela já tinha presa certa, o seu objecto de desejo estava na sua mira e de lá não saiu durante toda a noite, sempre marcação cerrada. Pois bem, decidi brincar e fazer também eu marcação cerrada a um do grupinho do tal da Filomena. Era engraçado, ele olhava para mim e eu estava melhor do que nunca, sem modéstias, a começar no cabelo e a terminar na sandália de salto alto, estava mesmo irresistível, ele ia olhando e eu fazia o meu papel e olhava também. A noite vai passando, a meia-noite chega, a uma também, as duas quase a passar e comecei a querer ir embora, dali a umas horas ia receber uma massagem em Lisboa, presente oferecido pela minha irmã e que marquei sem saber o que me esperava naquela noite. É claro que tudo o que a Filomena menos queria era sair dali, fazendo de tudo para me provocar, dizendo que eu não tinha coragem de ir falar ao rapaz que tinha estado a olhar para mim toda a noite, de tanto insistir, lá fui, cheia de confiança, avançando entre as pessoas e chegada perto deles, que eram apenas três, o tal da Filomena, o meu e outro baixinho e loiro, olhei de frente nos olhos lindos do tal da Filomena, bati no ombro do meu e disse-lhe com um sorriso matreiro:
- Então até à próxima…
E dirigi-me sem pressas ao bengaleiro onde fiquei na fila a aguardar que me dessem o casaco da Filomena enquanto ela, muito rapidamente e cheia de vergonha decide que tem de ir ao WC. Achei deveras conveniente. Chega o meu atrás de mim, com uma voz melodiosa e muito arrastada e pergunta-me se tenho de ir já. Disse que sim, não queria mesmo nada com ele, estivera na brincadeira e não podia ficar mais tempo. A Filomena chegou e depressa fez a sua chantagem comigo, fiquei na condição de não demorarmos muito enquanto voltava para trás e dizia ao rapaz, que sorte ele tinha, perante os seus amigos era um grande garanhão, voltava logo com duas beldades. Não se riu muito, gosto de homens com humor, se calhar era surdo.
O rosto do tal da Filomena, que se chamava Luís, iluminou-se quando nos viu a chegar e nesse instante é que o vi verdadeiramente, era lindo, é lindo ainda hoje, moreno, rosto largo, olhos sorridentes e um corpinho perfeito, pena que a Filomena já o tivesse fisgado primeiro, enfim.
Depois dessa noite, a Filomena saiu com o Luís, e eu saí com um amigo dele…acabei por perceber que a Filomena era uma rapariga cheia de sorte e que eu teria de esperar que a mesma sorte me batesse à porta, entretanto íamos conversando as duas no trabalho, sobre ele.
Até que através do MSN, o amigo com quem saí vem dizer-me que o Luís queria dar-me umas palavrinhas, se podia conversar comigo, respondi que sim, fomos falando no MSN durante toda uma tarde e nessa noite falámos durante três horas ao telemóvel.
Eu apaixonei-me por ele nessa noite, enquanto o escutava, a sua voz tocava nas minhas teclas certas e a música dele era a que sempre quis ouvir. Chorei e ri, o meu coração ficou pequenino e dentro de mim a certeza era tão forte, era ele, era o tal, era o meu tal!
É claro que acordei no dia seguinte com um sentimento de culpa imenso, a Filomena ainda existia na equação, perguntei ao Luís se ele estava interessado nela e ele disse-me que nunca estivera, quis apenas conhecer-me a mim mas eu é que nem olhei para ele, o que eu achei muito romântico.
Enchi-me de coragem, questionei a Filomena acerca dele e disse-lhe tudo o que se tinha passado. Tenho a certeza que muitas amizades acabam por causa destes assuntos mas a nossa não, disse-me para ir em frente.
E fui, aliás, fomos.
No dia 6 de Setembro, exactamente um mês depois de o meu desejo ter sido pedido, recebi um beijo que ainda hoje lhe sinto o gosto, um beijo quente, longo, molhado, carregado de sentimento, com desejo, um verdadeiro primeiro beijo, inesquecível.
Assim como foi inesquecível termos decidido viver os dois juntos passados cinco meses de namoro, em Mafra, abdiquei de viver a cinco minutos do meu trabalho, na margem sul, perto do Seixal, para viver o meu Amor, com o meu Amor, em Mafra. É verdade.
Hoje, quatro anos e quatro meses depois, com alguns desgostos bastantes complicados já por nós vividos e muito Amor, daquele antigo e resistente, namoramos todos os dias, sorrimos todos os dias, somos tão cúmplices e íntimos, fazemos o Amor em cada gesto que partilhamos, temos uma filha linda com quatro meses, temos sonhos e planos e uma vida inteira para os concretizar!
Um desses sonhos ou planos é fazer uma sessão fotográfica sensual, queremos uma foto muito especial, que simbolize o nosso Amor para colocar na parede da cabeceira do nosso quarto, queremos perpetuar o nosso olhar para sempre…porque como um dia escrevi:
Assim quis o destino, na sua imensa sabedoria, unir dois seres para a felicidade eterna!
Sorte, coincidência ou talvez fado, vivemos e sofremos para este momento.
E é neste hoje, neste presente, que sou tudo o que nunca fui, tenho tudo o que sempre quis, vivo tudo o que sempre desejei, amo o alguém que sempre sonhei encontrar, agradeço tudo o que sempre passei...
O meu destino, o teu destino são um só!


Assim nasceu a nossa união. Bela, única, como tu!
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Termino com o nosso amigo (Sutra) com uma história trágica mas muito sentida.

Vai parecer uma tragédia Grega mas é "Uma história de amor"!

"Conheceram-se no fruto do acaso. As suas vidas cruzaram-se num dia de sol, junto ao mar.
Os momentos em que estavam juntos era como se o tempo parasse, como se o universo se confinasse àquele pequeno espaço onde se encontravam. O amor entre os dois era uma flor crescente. Respiravam dessincronizados, para que um respira-se o ar do outro!
15 de Dezembro de um ano qualquer... "Rui" viajava de moto, a 130klm/hora quando de um momento para o outro, sem que nada o fizesse prever, perde o controlo da moto e embate violentamente no separador central. Com a vida por um fio, hospitalizado, entra em coma. "Marta", desespera por notícias, por melhoras, por um sinal... junto da cama onde ele estava.
Aproximava-se o Natal. "Rui" continua em coma. "Marta", deseja passar a noite de Natal no hospital, mas impulsionada pelos seus pais aceita o convite para ir até à terra natal da mãe fazer a passagem desse dia especial.
Noite de 24 de Dezembro, "Marta" segue nos carro dos pais, angustiada por não estar com o "Rui", ou pelo menos não estar junto dele, vai conversando sobre isso com os pais no interior do carro. Chovia intensamente, a visibilidade era reduzida. Uma manobra perigosa de um camião, faz com que o seu pai perca o controlo do carro. Os pais sobrevivem, mas "Marta" que viajava no banco de trás, tem morte imediata!
"Rui" recupera do coma no dia 26 de Dezembro, é-lhe ocultado os acontecimentos de dia 24. Factos difíceis de ocultar, pois "Marta" foi a primeira pessoa que chamou, assim que recuperou! E a sua ausência é sentida a cada segundo.
(...Muito mais havia para contar...)
Passados quase 20 anos, ainda chora nos dias 24 de Dezembro... Passados quase 20 anos, vai até onde ela está... Passados quase 20 anos... continua a ser o grande amor da sua vida!!