«Celorico de Basto: Câmara Municipal marca posição contra o encerramento nocturno do SAP
“A Autarquia de Celorico de Basto, apesar das dificuldades que atravessa, suporta as despesas do funcionamento do Serviço de Apoio Permanente Nocturno do Centro de Saúde de Celorico de Basto até abrir o novo hospital de Amarante”, é esta a proposta que o presidente da Câmara Municipal, Joaquim Mota e Silva, faz à ARS-Norte, para garantir os serviços de saúde à população do concelho, 24 horas por dia.
O autarca realçou, em conferência de imprensa, hoje, 16 de Fevereiro, que é uma prioridade da autarquia garantir aos habitantes do concelho os serviços de saúde, durante a noite, até que esteja concluído o novo hospital de Amarante. “Queremos o serviço de saúde durante a noite que garanta o sossego da população e, por considerarmos que é uma descriminação da população do interior tudo faremos para garantir o bem-estar das gentes da terra”.
Joaquim Mota e Silva realça ainda que o Estado não tem olhado para Celorico de Basto e, que todos os esforços feitos em prol do desenvolvimento do concelho estão a ser postos de parte. “Estas políticas centrais, fomentam a fuga das famílias para locais onde tenham boas condições de vida, em especial cuidados de saúde e, por isso o interior está cada vez mais despovoado e o litoral cada vez mais descaracterizado.
Mas não é só a população local que perde, pois toda a dinâmica que temos vindo a incrementar através do turismo, cai por terra, na medida em que nenhum turista vai para um local onde, caso aconteça algum problema de saúde, tenha de percorrer 30 ou 40 quilómetros. O Ministério da Saúde, com esta decisão, penaliza fortemente, a nossa estratégia para o desenvolvimento do sector turístico.”
A indignação do autarca foi ainda mais peremptória ao referir “Com toda a certeza, vos digo hoje, que os nossos cuidados de saúde, ao contrário do que a ARS propagandeia, não vai ficar melhor, muito pelo contrário, vai ficar bem pior, e todos nós celoricenses e os mondinenses é que pagamos a factura, que em certos casos poderá ser com a vida”.
O sentimento de indignação fica ainda mais marcado quando, em forma de luta, o autarca salienta que “O Custo de funcionamento do SAP, durante todo o ano, para servir cerca de 2 mil pessoas, é de cerca de 250 mil euros, metade daquilo que ganha um mero vogal do CA da CGD.”
O autarca lamenta ainda o facto de o Estado obter cerca de 231,7 milhões de euros através da concessão para a construção da barragem de Fridão e não dar contrapartidas que beneficiem os celoricenses. “O Estado português vem buscar todo o dinheiro dos nossos recursos, no caso da barragem, não assume o contrato de construção da variante do Tâmega, põe a EDP a negociar uns trocos com as câmaras à conta da barragem, e depois decide fechar o SAP do Centro de Saúde de Celorico de Basto.”
Apesar de sentir que o processo não está a ter o desenrolar adequado o edil mostrou-se com vontade em negociar e acredita que haverá muita gente com boa fé para essa negociação. “Por ainda acreditarmos na boa fé das pessoas, e depois de ouvida a Comissão de Utentes do Centro de Saúde, e os representantes dos diversos partidos políticos, decidimos propor à ARS, a assunção por parte da Câmara Municipal de Celorico de Basto, de uma parte dos encargos, ou no estremo, a sua totalidade, com o funcionamento do SAP, em horário nocturno, até à abertura do novo Hospital de Amarante, cuja proximidade do concelho de Celorico de Basto, irá permitir a existência de bons cuidados de saúde em horário nocturno.”
Na conferência de imprensa esteve presente o Coordenador da Comissão de Utentes, Fernando Freitas, que anunciou uma manifestação contra o encerramento do SAP e apelou à participação de todos. Esta acção realiza-se no próximo domingo, dia 20, pelas 19h30, junto ao centro de Saúde de Celorico de Basto.
O presidente da Assembleia Municipal, António Marinho Gomes, anunciou que Assembleia Municipal apresentará uma moção de repúdio pela forma de como o assunto foi tratado por parte da ARS-Norte e lamentou o facto de não ter havido diálogo entre o governo central e a autarquia para a resolução do problema.
A contestação da autarquia celoricense surge na óptica de manter equipamentos de proximidade essenciais para o bem-estar da população, que merece ser tratada com respeito e dignidade.» in http://www.imprensaregional.com.pt/averdade/index.php?info=YTozOntzOjU6Im9wY2FvIjtzOjExOiJub3RpY2lhX2xlciI7czo5OiJpZF9zZWNjYW8iO3M6MToiMyI7czoxMDoiaWRfbm90aWNpYSI7czo0OiIzMDkwIjt9
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Afinal, há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não e há meninos do coro, que em vez de defenderem a sua terra, fazem tudo o que o Ditador Sócrates ordena!
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Afinal, há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não e há meninos do coro, que em vez de defenderem a sua terra, fazem tudo o que o Ditador Sócrates ordena!