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Wednesday, December 22, 2010

Christmas time

Esta viagem foi cheia de peripécias. Para lá o avião da Ryanair partiu com uma hora de atraso e os passageiros estiveram em pé quase uma hora numa escada que dava acesso a aerogare, mesmo os que tinham prioridade. Felizmente não estavam as temperaturas gélidas da Europa, se não teria sido pior. Chegada a Stansted, onde nevava copiosamente, fui logo para o comboio, sem almoçar, só com um muffin e um sumo para uma viagem de tres horas. Chegada a Peterborough que é onde se muda de comboio, vi um alvoroço e muita gente a gesticular. Felizmente não era comigo, eram os passageiros que iam para Londres e que não cabiam no comboio, pois tinha falhado o anterior. Muitos partiram de pé. Se fosse cá, era uma algazarra, felizmente os ingleses, mesmo quando estão zangados não levantam a voz e são educados. Lá apanhei o meu comboio para Leeds onde havia muito lugar e até podia esticar as pernas. Um senhor à minha frente ouvindo-me falar ao telemovel com a minha filha, perguntou-me se eu falava romeno, disse-lhe que não, que era uma língua melhor:))
A paisagem era indescritível, nem me apetecia dormir , fui a ouvir música todo o tempo a olhar para os campos brancos a escurecerà medida que o dia terminava.
Passei dois dias com a minha filha a passear pela cidade, voltei ao Marks&Spencer, a minha loja de culto em Inglaterra, andámos peloas arcadas lindissimas, todas as ruas iluminadas mais com as lojas, calor humano e gente nas ruas do que com luzes artificiais ou grande espalhafato. Grupos de jovens cantavam Christmas Carols alegremente. Fomos ao cinema ver um musical "Burlesque", que se enquadrava bem nesta época festiva.A casa dela tem uma vista linda sobre os montes cheios de neve.

Para cá é que foi pior. Quando chegámos à estação às 10 horas, disseram-nos que não havia comboios para Londres. Nenhuns. E nós já com bilhetes comprados. O avião sairia daí a 7 horas...
Nem pensei duas vezes. Apanhámos um taxi e fizemos 200 milhas com o conforto máximo. A brincadeira ficou cara, mas o motorista era um paquistanês super atencioso, que tudo fez para que nos sentíssemos bem e ainda recusou a gorgeta que lhe quis dar. Pelo caminho a paisagem vestida de branco era um regalo para a vista pago a peso de ouro

O avião para o Porto partiu com duas horas de atraso, mas no aeroporto estava-se bem...e quentinho.Chegámos cansadas, mas felizes. O Natal agora é cá. Já fiz os enfeites e deixo-vos aqui umas imagens desta minha obra :) FELIZ NATAL!

Wednesday, December 1, 2010

De novo em viagem a Lisboa ( com F. Pessoa como epílogo)

Muito curta....só à capital e mesmo ao coração da dita.

O meu filho vai mudar de casa e a nova morada fica na Mouraria, terra do Fado nas Escadinhas da Achada. O nome diz tudo. Nunca vi tantas escadinhas na vida. Não pude tirar fotos porque chovia, estas são do google, mas voltarei lá mais vezes.
A casa dele é um T0, num beco com vista para o Largo do Caldas. Um candeeiro típico de Lisboa em forma de lanterna ilumina-lhe a cozinha à noite, quase não é preciso acender a luz. Tudo muito típico, mas frio...:)), sem aquecimento, com um esquentador diabólico ( Já me tinha esquecido destes hábitos lisboetas, mil vezes o cilindro do Porto!!
Como ele tinha exame amanhã, vim à noite no comboio das 8. A viagem foi linda, para lá e para cá, sempre a ouvir música e sossegada. Adoro viajar de comboio, sinto-me leve, independente, só, no bom sentido. Não preciso de companhia para viajar, adorava fazer uma viagem grande sozinha...um dia.

Tirei algumas fotos no caminho.

Portugal depois da chuva é mesmo lindo...os campos competem com os que vejo em Inglaterra, que neste momento devem estar brancos de neve. A minha filha diz que tem nevado todos os dias em Leeds e ela está feliz. Do quarto dela vê-se tudo coberto. Daqui a 15 dias estarei lá. Viajar agora é comigo.

E dado que ontem se celebraram os 75 anos da morte de FERNANDO PESSOA, fica aqui um poema a Lisboa do seu heterónimo, ÁLVARO DE CAMPOS:

Lisboa

Lisboa com suas casas
De várias cores,
Lisboa com suas casas
De várias cores,
Lisboa com suas casas
De várias cores...
À força de diferente, isto é monótono.
Como à força de sentir, fico só a pensar.

Se, de noite, deitado mas desperto,
Na lucidez inútil de não poder dormir,
Quero imaginar qualquer coisa
E surge sempre outra (porque há sono,
E, porque há sono, um bocado de sonho),
Quero alongar a vista com que imagino
Por grandes palmares fantásticos,
Mas não vejo mais,
Contra uma espécie de lado de dentro de pálpebras,
Que Lisboa com suas casas
De várias cores.

Sorrio, porque, aqui, deitado, é outra coisa.
A força de monótono, é diferente.
E, à força de ser eu, durmo e esqueço que existo.

Fica só, sem mim, que esqueci porque durmo,
Lisboa com suas casas
De várias cores.


Álvaro de Campos, in "Poemas"

Monday, October 25, 2010

Viajando pela nossa terra


Hoje tive de me deslocar a Lisboa. Fui e vim no espaço de 7 horas, o que é quase incrível.
Mas deu para contemplar e ouvir música, momentos inegualáveis de prazer que não dispenso.



As fotos falam por si....e a música que escolhi também.

Esta é uma das peças que ouvi no comboio e que me levou ao passado, aos dias em que o meu filho tocava esta peça na sua flauta, em concertos, acompanhado duma amiga de longa data...a Dança dos Espíritos de Gluck.. É uma música duma tristeza infinita mas de uma beleza ímpar. As duas meninas prometem.

Tuesday, January 5, 2010

Ribatejo



Ontem fui a Lisboa de comboio. Saí pelas 7.45 e voltei pelas 19.09. Foram 12 horas na capital ou no caminho. Estar lá não foi muito divertido, dadas as circunstâncias: consulta dentária complicada - mas aproveitei para tirar umas fotos giras do comboio e da Clínica, do 13º andar num prédio moderno nas avenidas novas ao pé do Hospital de Santa Maria.
Tantas vezes fui a esse hospital ter com o meu Pai, depois das aulas na FLUL, que me parece ser a casa de alguém conhecido. Vê-lo todo assim do "ar" é espantoso. Tantas histórias da família que este estabelecimento encerra, dava para escrever muitos livros.

Vão aqui fotos das cheias no Ribatejo