Gosto de estrelas. Gosto de rir. Gosto de vampiros. Gosto do cheiro de pão quente. Gosto de borboletas. Gosto de contos de fadas. Gosto de teatro. Gosto de estar descalça. Gosto de sushi. Gosto de me deitar no chão. Gosto de fazer bolos. Gosto de dançar. Gosto do luar. Gosto de começar a ler um livro. Gosto de sol e mar. Gosto de árvores. Gosto de andar de mão dada. Gosto de figos. Gosto de abraçar. Gosto de acampar. Gosto de animais. Gosto de concertos. Gosto de amendoeiras em flor. Gosto de jogos de futebol da selecção. Gosto de escrever. Gosto de ouvir rouxinóis em noites de Primavera. Gosto de andar. Gosto de aquários. Gosto de óculos de sol. Gosto de chá. Gosto de fogo de artifício. Gosto de nadar nua. Gosto que me falem ao ouvido. Gosto de pintar as unhas de preto. Gosto de Pessoa. Gosto de homens com a barba por fazer. Gosto de gelados. Gosto de observar as pessoas sem elas darem conta. Gosto do passado. Gosto de tirar fotografias. Gosto de bebés. Gosto de cinema. Gosto de horóscopos. Gosto de lírios. Gosto de viajar. Gosto de beber por uma palhinha. Gosto de castanhas. Gosto de globos de neve. Gosto de baloiços. Gosto de sereias. Gosto de séries de televisão com médicos. Gosto de fazer puzzles. Gosto de ir às compras. Gosto de coros de gospel. Gosto de desenhos animados. Gosto de saxofone. Gosto de posters de cinema. Gosto de ouvir grilos. Gosto de me arrepiar. Gosto de dormir. Gosto de comer fora. Gosto de fotografias a preto-e-branco. Gosto de budas. Gosto de cor-de-laranja. Gosto de yoga. Gosto que me ofereçam flores. Gosto de morder. Gosto de ouvir música. Gosto de bandos de pirilampos. Gosto de sapatos de tacão alto. Gosto de tango. Gosto de chorar em filmes de amor. Gosto que me amem. Gosto de amar.
Escolhi esta fotografia para me retratar porque parece juntar numa só imagem várias facetas minhas: a gaja que deixou de ser inchada e que já pode tirar fotos de baixo, a bronzeada que foi para a praia de Junho a Outubro, aquela que gosta de ter um ar cuidado e pseudo-sofisticado, a que é fã de gótico e a que é aspirante a hippie :D pois, eu sei, é uma mistura enorme...! Ter que fazer um auto-retrato fez-me pensar muito na questão que tanto me preocupou há uns tempos atrás: a minha identidade. Agora percebo que estou a voltar a ser quem sempre fui, uma grande mistura de todas coisas diferentes que gosto, que me marcam, que me fazem encher de luz. Não tenho que escolher nada, posso ser tudo, não tem que me incomodar a maneira como sou inconstante :) e é isso que eu quero e gosto de ser: mutante!
