Monday, October 11, 2010

De príncipe a sapo!

Quando conhecemos alguém que nos desperta todos os sentidos queremos impressionar. Queremos passar a imagem do (quase) perfeito. Porque o nosso coração palpita a cada instante. Porque ficamos ansiosos pelo encontro. Sonhamos acordados. A imagem dele/a não nos sai da mente. Quase que conseguimos sentir o cheiro, a respiração através do nosso pensamento. A voz ecoa vezes e vezes e as horas, minutos, segundos passam tão devagar na nossa percepção pelo estado apaixonado em que nos encontramos. No entanto, esse estado é bom! É estupidamente delicioso. Estupidamente porque cometemos as maiores loucuras nos meses que esse sentimento habita em nós. Mas é tão bom sentirmo-nos reguilas, sentir a adrenalina do sentimento a invadir-nos as veias, a mente, o coração... mas estamos sempre com os sentidos em estado de alerta. Como se estivéssemos sempre em constante aprovação. Mesmo que não seja isso efectivamente que a outra pessoa passe nós, no nosso subconsciente, temos essa percepção e falhar diante da pessoa que nos desperta essas emoções está fora de questão. Dure, um dia, uma semana, um mês o que for, mas até esse estado da paixão passar ou apaziguar essa "pressão" irá rondar na mente, nas acções. Matemático!
Por isso que quando estamos no estado estupidamente apaixonados temos estas preocupações:

Mulheres

- Irem mais vezes ao cabeleirieiro.
- Ficam mais preocupadas com as mãos/pés.
- Com a depilação. (O pêlo mal está a crescer e já se põe a caminho da esteticista)
- O ginásio passa a ser uma ida obrigátoria ou a clínica de estética. Por consequência têm mais cuidado com a alimentação.
- Mais atenção à langerie. (Para muitas mulheres, passa para primeira preocupação)
- Ainda mais atenção com o vestuário.
- Maquilham-se mais (ou passam a maquilhar-se)
- Mais idas frequentes à perfumaria.
- Idas frequentes ao dentista.

Homens

- Ginásio passa a ser a segunda casa. Por consequência a alimentação é uma preocupação.
- Atenção  ao vestuário.
- Mais perfumados.
- Mais cuidado com a barba.
- Mais cuidado com as mãos/pés.
- Idas frequentes ao dentista.

- Todos os gostos culturais/sociais e afins da cara metade passa a ser o foco.

Humm... de facto são só acções positivas e gratificantes para ambos. A auto-estima está no pico e ainda bem. Pois quando assim é sentimos-nos plenos de tudo e todos.
Como devem ter reparado, as acções de ambos os sexos são praticamente as mesmas, tirando uma ou outra que é mais vincada para determinado sexo, mas regra geral são estas as mais conotadas.
É tudo muito bonito de facto, mas não há bela sem senão e aqui não é excepção! Ora vejamos.

Depois da euforia do sentimento vem a bonanza... passamos para o amor...
Na relação de encontros esporáticos passamos a um convívio mais activo, quiçá a juntar os trapinhos...
Neste cenário, porquê que a euforia acaba? Rotina? Quem faz os hábitos? O cuidado em querer surpreender a outra pessoa fica onde, na entrada? O encanto, vira o quê? Desencanto!!
Porque ao longo do tempo passamos de bestias a bestas! Isto tudo porque de ter atenção em não fazer "figuras" porque não há à vontade suficiente não podemos/devemos mostrar os nossos desleixos, mas quando o à vontade domina, porque temos que mostrar? Nomeadamente, os cuidados com a sua aparência ficam esquecidos. O não ter atenção na maneira como se está à mesa. O palitar os dentes. O arrotar. O dar peidos e outras coisitas mais...
O que muda? É as pessoas acharem que ao estarem com uma pessoa determinado tempo que lhes dá logo como dado adquirido? Acham que não têm que preservar o que cosntruíram no início? Ou aqui, também se aplica a publicidade enganosa, hã?