Friday, June 10, 2011

Como uma carta à deriva no mar...

Madrugada... é tarde, é tarde e por vezes, a esta hora, ouvia um silêncio preenchido, e bem, com o teu respirar enquanto dormias. Prometi que este ano não escreveria nada directo para ti... já não estou a cumprir, e se não estou a cumprir, é porque algo não está nada bem comigo.
Já passaram aproximadamente duas centenas de dias desde que fugiste de mim, e nesses dias todos, ainda não houve um único que eu não pensasse em ti! Pudera, foram pouco mais de 2 anos ao teu lado, e como dizem "Quanto tempo será preciso para esquecer apenas um momento?". Tu forçaste-me a "esquecer-te" da pior maneira... sem uma despedida, sem te ver, sem me dizeres o porquê, sem cumprires as nossas promessas. Destruíste-me completamente por dentro e se algum de nós não merecia tudo isto, esse alguém era eu e apenas eu. E tu sabes disso! O que sinto é como se tivesses morrido, deixado de existir completamente, e como se eu agora tivesse que lidar com essa perda, essa terrível dor. Quando na verdade estás viva, mesmo dentro do meu coração. É triste pensar assim, pensar que foste única e exclusivamente o meu mundo! E tu sabes perfeitamente isso. E há tempos, falaste-me como se estivesses muito preocupada comigo. Se achas que eu estava bem, podes esquecer os sorrisos que me enviaste, qualquer alívio, e podes deixar de julgar que te perdoei. Porque eu nunca te perdoei, no máximo apenas te desculpei. Porque os teus erros, as dores que me causaste durante a relação e depois, nunca serão esquecidas e perdoadas! Nunca! Não te odeio, amo-te! Amo-te ainda, e isso não é sequer questionável. Mas às vezes, sinto um ódio. Ódio quando penso que apenas te podes fazer de hipócrita quando te julgas "tão" preocupada comigo. É daquela forma que mostras a tua preocupação e todas as emoções que falas?!
De pouco importa então; só te vou querer voltar a ver quando precisares de ajuda. Só te vou querer voltar a ver quando perderes qualquer felicidade. Só te vou querer voltar a ver, quando tiveres sozinha e triste. E poderás chamar por mim, se eu poder irei ver-te, falar-te baixinho, dizer que ainda te amo e virar-te as costas... Só te vou querer voltar a ver quando leres esta "carta" no meio de tantas outras que aí tens guardadas e que não voltaste a ler. Não chores. Eu já chorei bastante e choro, e são tantas as lágrimas que tudo agora fica à deriva no mar...

...Agora vou dormir, porque às vezes, chego mesmo a acreditar que a melhor parte do meu dia é quando durmo, pois o tempo passa, não sinto dor, sonho, não penso em ti.
Até um dia.